O Acre tem a menor taxa de ocupação de leitos de UTI Covid do Brasil, de acordo com a última edição do Boletim Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quarta-feira (11). Os dados avaliados neste estudo são referentes à segunda (9), quando o estado acreano estava com 13% de ocupação de leitos de UTI Covid.
O último boletim, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) nesta quarta (11), aponta uma ocupação de leitos ainda menor, 10%. O Acre tem, ao todo, 70 leitos disponíveis na rede SUS, sendo que sete estão ocupados. São 50 leitos em Rio Branco e 20 em Cruzeiro do Sul.
Em dados gerais, o estudo apontou que o Brasil alcançou o melhor cenário na taxa de ocupações de leitos destinados ao tratamento da doença desde outubro de 2020, com todos os estados com números de ocupação abaixo de 80%. Ao todo, são 14 estados com taxas de ocupação de leitos inferiores a 50%.
Atualmente, apenas cinco estados estão na zona de alerta intermediário, com taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80% de ocupação de leitos. No último boletim divulgado pela Fiocruz, em julho, todos os estado estavam com suas taxas de ocupação abaixo de 90%.
Dois desses estados só estão nessa faixa de risco por conta da redução de leitos destinados à doença, o que já vem ocorrendo em diversos locais.
A análise constatou ainda que o número de óbitos reduziu 1,1% em relação à semana anterior. A incidência de novos casos, ao mesmo tempo, diminuiu 0,8% por dia.
Taxa de ocupação de leitos por estado:
- Mato Grosso – 79%
- Goiás – 78%
- Roraima – 70%
- Rio de Janeiro – 67%
- Rondônia – 64%
(Fora da zona de alerta)
- Acre – 13%
- Paraíba – 22%
- Alagoas – 26%
- Amapá – 26%
- Rio Grande do Norte – 34%
- Sergipe – 35%
- Pernambuco – 41%
- Espírito Santo – 42%
- Bahia – 43%
- São Paulo – 46%
- Ceará – 47%
- Minas Gerais – 47%
- Pará – 48%
- Piauí – 48%
- Maranhão – 52%
- Amazonas – 54%
- Mato Grosso do Sul – 56%
- Santa Catarina – 56%
- Rio Grande do Sul – 57%
- Tocantins – 58%
- Distrito Federal – 59%
- Paraná – 59%
Situação nas capitais
A capital acreana, Rio Branco, também tem a menor taxa de ocupação de leitos de UTI Covid, ainda segundo o estudo da Fiocruz.
Apesar dos dados positivos na grande maioria dos estados, a situação de grandes capitais ainda preocupa. No Rio de Janeiro, por exemplo, a taxa de ocupação de leitos de UTI destinados aos pacientes adultos com Covid está em 97%. Em Goiânia, a taxa de ocupação está em 92%.
Capitais na zona de alerta intermediária:
- Porto Velho – 63%
- São Luís – 64%
- Campo Grande – 65%
- Curitiba – 65%
- Boa Vista – 70%
- Cuiabá – 74%
Estão fora da zona de alerta:
- Rio Branco – 12%
- João Pessoa – 19%
- Maceió – 25%
- Macapá – 29%
- Florianópolis – 31%
- Natal – 34%
- Vitória – 36%
- Salvador – 38%
- Recife – 39%
- Teresina – 39%
- Aracaju – 43%
- São Paulo – 43%
- Belém – 44%
- Fortaleza – 53%
- Palmas – 53%
- Manaus – 54%
- Belo Horizonte – 57%
- Brasília – 59%
- Porto Alegre – 59%
Covid no Acre
O Acre registrou 45 novos casos de Covid-19 e uma morte nesta quarta. O número de óbitos em todo o estado é 1.805 e o de infectados 87.468. Já são 85.008 pacientes que tiveram alta da doença. Rio Branco tem 38.020 casos de infecção pelo vírus e 1.082 mortes.
Ao todo, 50 exames de RT-PCR seguem à espera de análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen) ou do Centro de Infectologia Charles Mérieux.
O Acre está em contaminação comunitária desde o dia 9 de abril, com uma taxa de incidência de 9.778,8 casos para cada 100 mil habitantes. A taxa de mortalidade em cada 100 mil habitantes é de 202, 8 já a de letalidade – quantidade de mortos dentro dos números confirmados da doença – é de 2%.
Vacinação no Acre
De acordo com informações do portal de transparência do governo, o Acre recebeu 730.563 doses de vacinas e foram aplicadas 554.004 doses na população até esta terça (10), último dia em que o site foi atualizado. Das doses, 403.882 pessoas tomaram a primeira dose, 139.573 a segunda e 10.549 a dose única. Rio Branco aplicou 274.824 mil doses e Cruzeiro do Sul 69.635 mil.
Segundo o governo, o número de doses aplicadas que consta no portal refere-se aos dados já inseridos no sistema do Ministério da Saúde, cujas atualizações são realizadas pelos municípios. Por isso, pode haver atraso nas informações.