Acre apresenta menor índice de mortes violentas dos últimos 10 anos

Os constantes investimentos realizados pelo governo do Acre em segurança pública, atrelados às estratégias aplicadas de forma integrada, fizeram com que o estado alcançasse números positivos na seguridade. O índice de mortes violentas e crimes contra o patrimônio se mantêm em queda pelo terceiro ano consecutivo, chegando em julho à menor marca, quando foram notificados dez homicídios intencionais, considerando os registros mensais dos últimos dez anos.
“Há pelo menos dez anos não se via no Acre uma redução tão expressiva no que tange às mortes violentas intencionais. Contudo, não podemos tratar tal acontecimento como algo extraordinário, pois em meses anteriores desta gestão, também houve redução elevada, como o mês de junho do ano passado. Se comparado à presente data, acompanha a queda de mais de 40% em relação a 2018, quando o Acre alcançou o primeiro lugar entre os estados mais violentos do país”, afirmou o secretário de Segurança Paulo Cézar Rocha dos Santos.


Os dados são do Observatório de Análise Criminal do Ministério Público. Foto: reprodução

As reduções desses casos também refletem na queda de outros crimes, como assaltos e delitos relacionados ao tráfico de drogas. As forças de Segurança do Estado têm seguido um planejamento bem-sucedido, pautado por meio do Plano Estadual de Segurança Pública, com ações estratégicas específicas, execução de operações integradas, intensificação dos trabalhos de investigação e investimentos em tecnologia.
“Os profissionais do Sistema de Segurança são os maiores responsáveis pela redução dos índices, pois mesmo diante do risco de contaminação por Covid-19, em virtude de atribuições referentes ao serviço policial, mantêm o nível de prevenção e de respostas operacionais ao crime, cumprindo fielmente o planejamento definido com a finalidade de reduzir os indicadores de violência. Sem o trabalho individual de cada um deles, de cada instituição, nada disso seria possível”, destacou o secretário.


Plano Estadual de Segurança Pública

Coordenado pelo Conselho Estadual de Segurança Pública, criado pela da lei nº. 3.515, de 29 de agosto de 2019, com duração de dez anos e revisão a cada 24 meses, o Plano Estadual de Segurança Pública é o resultado de um amplo debate em que foram discutidas todas as problemáticas e soluções para a redução de indicadores de violência no Estado. Metas, resultados e produtividade foram estabelecidos por unidade operacional e reuniões periódicas avaliam erros, acertos e possíveis correções, com base em relatórios.


Investimentos

Na série de investimentos feitos pelo governo do Estado na Segurança Pública, destacam-se o aumento do efetivo, com a contratação de policiais do último concurso das polícias Militar e Civil, aquisição de mais de 200 veículos direcionados ao combate à criminalidade, valorização do servidor, manutenção das promoções em dia, capacitações e treinamentos, criação do Departamento de Gestão Integrada de Segurança Eletrônica, ampliação do cerco eletrônico, aquisição de tecnologia embarcada, ampliação da rede de comunicação digital e aquisição de equipamentos, além da modernização do Centro de Comando e Controle da Capital, centralizando todos os chamados de ocorrências.
Vale ressaltar também a destinação dos recursos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para uso nas ações de Segurança Pública e parceria entre o Estado e a União, o que coloca o Acre como quinto entre as unidades federativas que mais recebem aporte em recursos financeiros.


Ações integradas

O trabalho operacional das forças de Segurança, com a criação do Grupo Especial de Fronteiras (Gefron), e a execução de ações integradas na capital e interior, com foco na apreensão de drogas e armas de fogo, são os ingredientes fundamentais que resultam na redução significativa dos índices de criminalidade em todo o estado.
Entre as principais estratégias de combate aos crimes transfronteiriços, a pasta apostou na criação de núcleos de inteligência em municípios do interior, na implantação de termos de cooperação interestadual e entre países vizinhos, além de reforçar ações da Polícia Militar em pontos estratégicos da cidade, onde há maior incidência de crimes.
A união entre os órgãos, com o aporte de demais instituições, como o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e Poder Judiciário se completam e retiram das ruas, todos os dias, criminosos em conflito com a lei, e produtos entorpecentes, que alimentam e acirram a disputa entre as facções, além de tirar de circulação armas de fogo que poderiam ser usadas em assaltos ou crimes contra a vida.


Intensificação das ações de investigação

Ainda segundo dados do Observatório de Análises Criminais do Ministério Público, mais da metade dos homicídios ocorridos nos primeiros quatro meses do ano já foram elucidados pela Polícia Civil. As operações, trabalhos investigativos, forças tarefas integradas e cumprimentos de mandados têm tirado de circulação lideranças de organizações criminosas e suspeitos de crimes contra a vida. A Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), tem intensificado as investigações e ações de combate ao tráfico de drogas, e a Delegacia de Combate a Roubos e Extorsões (Decore), o combate aos crimes de assalto.


 Foto: Assessoria/Polícia Civil

Controle do ambiente carcerário

A manutenção de um ambiente carcerário isolado de qualquer contato com o meio externo também expressa sua importância na redução dos índices. Há alguns anos, era de dentro do sistema carcerário que saíam as ordens para a execução de ataques ou crimes contra a vida. De 2019 até a presente data, afim de impor disciplina e evitar desordem com rebeliões ou motins, foram implantados vários regimes e ritos internos comportamentais, demonstrando a imposição do estado, uniformização, suspensão de visitas sem vínculos familiares, reforçadas as ações de revista, implantados equipamentos tecnológicos que evitem a passagem de objetos ilícitos e também foram capacitados os profissionais que atuam dentro do sistema carcerário.


 Foto: Ascom/Iapen

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