Vigilância do Acre explica porque há atraso na inclusão de mortes por Covid-19 em boletim epidemiológico

O registro de mortes divulgado diariamente no boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) causa muitas dúvidas na população. Na terça-feira (6), por exemplo, o boletim trouxe a confirmação de mais três mortes por Covid-19. Contudo, esses óbitos ocorreram entre os meses de maio e junho.


Para entender como funciona a inclusão de mortes pela doença nos boletins diários, a chefe da Vigilância Epidemiológica da Sesacre, Antônia Gerineuza Arruda explicou como funciona essa inclusão.


“A Secretaria de Saúde tem uma equipe de notificações de óbitos que recebe diariamente em tempo real fotos de declaração de óbito de pessoas que morreram nas unidades de saúde do estado. Diante dessa declaração, tornamos as informações aptas para publicações no boletim epidemiológico e para assessoria de comunicação”, explicou a chefe, em entrevista à Rede Amazônica Acre.


Antônia complementou que são usados alguns parâmetros para considerar que uma morte foi mesmo causada pela Covid-19:


  • A própria declaração de óbito que está descrito Covid-19 pelo médico;
  • Resultado de exame de laboratório, seja ele PCR ou teste rápido;
  • Envio da declaração de óbito por algum município do estado.

Esse último parâmetro é o que requer uma demora a mais na investigação. Segundo a profissional, essa declaração enviada pelo município não descreve que a pessoa morreu com Covid-19, mas o paciente estava internado em uma unidade de referência no atendimento.


“Por não estar escrito Covid, não recebemos a declaração em tempo real, no dia da ocorrência ou no dia seguinte. Ocorre que os municípios vão fazer a digitação desses dados no sistema de informação de mortalidade. Como essa declaração está vindo de uma unidade de referência para Covid precisam codificar, fazem uma investigação nos resultados de exames de laboratório, é comprovado que houve um resultado positivo desse paciente no período correspondente à internação e óbito. Então, está apto a ser considerado óbito por Covid. Essas declarações são repassadas para a gente com data muito posterior à ocorrência do óbito”, reforçou.


‘Mortalidade por Covid está em queda’, diz Vigilância

 


No último dia 5 também entrou a morte de um homem de 46 anos que morreu no dia 17 de fevereiro. O Acre registrou, até esta quarta (7) 86.120 casos de Covid-19 e 1.761 mortes pela doença.


Ainda segundo Antônia, os índices de mortalidade mostram uma queda de mortes pela doença no estado acreano.


“Nosso boletim diário tem dois itens de avaliação e de publicação: são óbitos ocorridos nas últimas 24 horas ou os óbitos ocorridos após investigação. Então, hoje, podemos afirmar que em tempo real nosso índice de mortalidade por Covid está em queda, está diminuindo”, concluiu.


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