Ainda sem apresentar mudança expressiva, o volume de serviços prestados no Acre teve alta de 0,4% em maio, se comparado com o mês de abril, conforme dados apresentados na terça-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o ajuste sazonal, o estado acumulou ganho de 0,7% nos meses de abril e maio, uma vez que os dados foram revisados e abril ficou com crescimento de 0,3 e não mais de 0,1%, como havia sido informado anteriormente.
Na comparação com maio de 2020, o setor avançou 35%, a terceira taxa positiva seguida e a mais intensa da série histórica, iniciada em janeiro de 2012.
No acumulado de janeiro a abril, o setor tem alta de 12,2%. Em 12 meses registrou crescimento de 0,6%. Os dados integram a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).
Ao todo, 23 unidades federativas tiveram taxa positiva no setor, sendo que o estado acreano teve o terceiro menor crescimento do país.
O setor de serviços é o que possui o maior peso da economia e o que mais emprega, e tem sido o mais afetado pelas medidas de restrição para conter o avanço da pandemia de coronavírus. Esse setor envolve diferentes ramos como comércio, serviços prestados, alimentação, instituições financeiras, transportes, entre outros.
Para o consultor da presidência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomercio), Egídio Garó, mesmo ainda sendo pequeno, o crescimento no setor demonstra que a atividade está acontecendo, ainda que em “passos lentos”, devido às variáveis da regional.
“Tanto o volume de serviços quanto a receita nominal de serviços apontam resultados positivos. Esse setor foi atingido em grande monta pelas questões do isolamento social e regras de combate à pandemia, o que vem se afrouxando com a mudança das faixas em todo o estado do Acre. O turismo, infelizmente, não acompanha esse crescimento, é o que mais sofre tendo já promovido o encerramento de diversas empresas do setor. A Fecomercio vê os números de maneira positiva, mas cautelosa, haja vista que os dados oscilam a cada período apurado, mesmo sendo os volumes dos serviços realizados proporcional ao estado, que o difere das demais regiões do país”, disse.
Dados nacionais
O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 1,2% em maio, na comparação com abril.
Com o resultado, o setor voltou a superar o nível em que se encontrava antes da pandemia, ficando 0,2% acima do patamar de fevereiro de 2020, refletindo a maior flexibilização das medidas restritivas que tinham sido adotadas em razão do agravamento do número de casos de Covid-19.
Foi o maior resultado para um mês de maio, na comparação com abril, de toda a série histórica da pesquisa. Na comparação com maio do ano passado, o setor avançou 23%, a terceira taxa positiva seguida e também a mais intensa da série histórica, iniciada em 2011.
No acumulado de janeiro a abril, o setor tem alta de 7,3%. Em 12 meses, porém, ainda está negativo, com perda de 2,2%.
Regionalmente, 23 das 27 unidades da federação registraram expansão em maio, na comparação com abril. O impacto mais importante veio de São Paulo (2,5%), que é também a localidade que tem maior peso no índice geral.