Professora acreana morre de Covid cinco dias depois de perder o irmão para a doença: ‘devastados’

A professora Eliete Maia, de 42 anos, morreu na manhã desta terça-feira (13) após uma longa luta contra a Covid-19. Ela morreu cinco dias depois do irmão, o tenente da reserva remunerada Sebastião Maia de Andrade, que também foi vítima da doença. A família diz as perdas não têm sido fáceis.


Ainda em junho, a família fez campanha para arrecadar dinheiro e transferir ela para São Paulo por UTI aérea. A sobrinha dela, Patrícia de Andrade Bomfim diz que os primeiros sintomas apareceram no dia 21 de maio, mas ela só conseguiu fazer o teste na farmácia no dia 26. No dia 30 de maio, foi internada com 90% do pulmão comprometido.


“Começou com uma tosse, dor na garganta, na cabeça e no corpo, tentou fazer o teste e não conseguiu, só depois de 7 dias. Testou positivo, começou a fazer acompanhamento, fez tomografia que mostrou comprometimento no pulmão. O médico passou a medicação, mas a falta de ar não melhorou. Procurou o Into e já ficou internada, saturando muito baixo 85, 87”, contou Patrícia na época.


A professora que tem uma filha de 6 anos não resistiu. “Estamos devastados. Meu tio morreu no dia 8/7 e hoje [13] ela”, lamenta Patrícia.


Além das perdas, ela diz que a família também está com uma dívida de R$ 200 mil no hospital.


PM e Educação lamentam

Em nota assinada pelo coronel Paulo Cesar Gomes da Silva, comandante-geral, a Polícia Militar lamentou a morte da professora, que é irmã de uma policial, a major Eliana.


“Na última sexta-feira (9), a major Eliana também perdeu o irmão, o tenente da Reserva Remunerada Sebastião Maia de Andrade, tenente S. Andrade, como era conhecido na caserna. À família enlutada prestamos as mais sinceras condolências pela perda de seu ente querido e rogamos a Deus que possa confortar-lhes neste momento de imensa tristeza e dor.”


A Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (SEE) também lamentou a morte de Eliete, que era coordenadora de ensino na Escola Estadual Elozira dos Santos Thomé e foi também gestora da Escola João Mariano.


“À família enlutada, colegas e ex colegas de trabalho e amigos, as mais sinceras condolências pela perda inestimável. Pedimos a Deus que conceda o devido conforto neste momento de comoção e dor”, diz a nota assinada pela secretária, Socorro Neri.


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