Com poucas chuvas e período de seca, a concentração de partículas poluentes no ar atinge números alarmantes. Rio Branco já registra um nível de poluição sete vezes maior do que o estipulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como normal.
Dados do relatório da sala de situação de monitoramento hidrometeorológico do Acre, divulgados nessa terça-feira (6), mostram que na capital acreana a concentração de material particulado chegou à máxima concentração de 184,33 µg/m³, às 22h41 de segunda (5).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que a quantidade de material particulado por metro cúbico aceitável é de 25 microgramas. Acima disso, a qualidade é ruim para a saúde das pessoas.
As leituras são feitas por equipamentos de monitoramento da qualidade do ar instalados na Universidade Federal do Acre (Ufac) e na sede do Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC), no Centro de Rio Branco.
O relatório traz ainda que a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos alerta que a concentração de partículas superiores a 89 µg/m³ por um período de uma a três horas já é considerada nociva a grupos de risco, como pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas, idoso e crianças.
Focos de queimadas
O relatório de monitoramento mostra ainda a situação das queimadas no estado. Segundo os dados, entre os dias 1 de janeiro a 5 de julho foram registrados 121 focos de queimadas.
Os municípios de Cruzeiro do Sul e Feijó foram os que apresentaram o maior número de focos acumulados no período, com 16 e 13, respectivamente. A detecção de focos de queima é feita a partir de imagens captadas por satélites.
O relatório mostra ainda que os municípios de Epitaciolândia, Brasileia, Porto Acre e Rodrigues Alves registraram o maior número de focos por km² em seu território, ou seja, maior densidade de ocorrência em relação aos demais municípios.
Previsão climática e nível dos rios
O último relatório da sala de situação de monitoramento hidrometeorológico do Acre, também divulgado nessa terça (6), traz informações a respeito da previsão climática e nível dos rios.
Os dados apontam que, no período de 6 a 12 de julho, a previsão de chuva é de um acumulado até 15 milímetros para a região Leste do estado e de até 10mm para a região Oeste. Sendo assim, há o indicativo de chuvas abaixo da normalidade para o período em todo o estado.
Ainda segundo o relatório, as cotas de monitoramento de estiagem apontam que o Rio Acre permanece em “alerta máximo” nos municípios de em Assis Brasil, Brasileia e em Rio Branco está em “alerta”. No último dia 14 de junho, o Rio Acre registrou a menor cota dos últimos 5 anos para este dia na capital.
O Rio Xapuri na Colônia Dolores está em “observação” e o Riozinho do Rola, no Espalha, segue em “alerta máximo”. O Rio Iaco, em Sena Madureira, também permanece em “alerta máximo”. Em Porto Walter, o Rio Juruá permanece em “alerta máximo”, e em “observação” na ponte do Rio Liberdade.