Uma mulher que teve identidade preservada fugiu após ser estuprada pelo advogado Jefferson Moura Costa, quando ela fazia serviços de faxineira na residência do suspeito na zona Leste de Teresina.
O suspeito de cometer o crime foi preso em flagrante no dia 14 deste mês. A vítima passou por exames no Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (SAMVVIS), onde foi confirmado o estupro.
Em um vídeo registrado por câmeras do condomínio mostram o momento em que a vítima chega no local com o advogado e eles sobem. Depois aparece a mulher na varanda da residência, mas não foi registrado o momento em que ela pula da sacada para o estacionamento. Posteriormente aparece a mesma correndo no hall do condomínio.
A vítima relatou em depoimento na Delegacia de Atendimento à Mulher, que havia sido solicitada para serviços de faxineira na residência, porém, ela foi surpreendida pelo suspeito que a agarrou e cometeu o estupro.
Ainda de acordo com a vítima, Jefferson ameaçou matá-la com um tiro de arma de fogo. O homem então cometeu o estupro, sentou no sofá e começou a ler um livro, quando neste momento a faxineira buscou uma maneira de escapar da residência.
Ela relatou que percebeu uma possibilidade de fugir pela varanda do apartamento, momento em que fingiu estar fazendo faxina e aproveitou para pular da sacada. Um morador ajudou a mulher acionando a polícia. Outras quatro mulheres denunciaram o advogado informando que também foram vítimas.
Na sexta-feira (16), ele foi transferido para a Penitenciária Irmão Guido após ter a prisão preventiva decretada. A defesa do advogado não foi encontrada para comentar o caso. Jefferson Moura Costa faz parte da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Piauí, que decidiu suspender o registro dele. Depois do ocorrido, a entidade abriu um processo disciplinar, através do Tribunal de Ética e Disciplina, para investigar a conduta do suspeito.
O advogado Jefferson Moura Costa, responde pelo homicídio do cabo do Exército Arione de Moura Lima, ocorrido em abril de 2010, no município de Picos, Sul do Piauí. O advogado atirou no peito da vítima, que estava na calçada de casa, no bairro Paraibinha (Cohab). Jefferson chegou a ser preso após o crime, mas acabou sendo colocado em liberdade e, 11 anos depois, o caso ainda não foi julgado.
O acusado estava respondendo em liberdade quando, em novembro de 2014, a Justiça avaliou um pedido de prisão preventiva do Ministério Público. No pedido, o MP afirmava que após ser solto o réu havia se envolvido em um acidente automobilístico na Bahia, que resultou na morte de duas pessoas.
O órgão disse ainda que o advogado foi preso em flagrante em Teresina por corrupção ativa, desacato e porte ilegal de arma de fogo. O MP acreditava que caso continuasse em liberdade o acusado poderia comprometer a ordem pública. O pedido foi negado pelo juiz Nilcimar R. De A. Carvalho, da 5ª Vara da Comarca de Picos.
Com informações do G1.