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Medidas como uso de máscaras devem ser mantidas por até 3 anos, diz infectologista

À CNN, Alexandre Naime expressou preocupação com a variante delta e disse que transmissão do vírus continuará mesmo em países com alta cobertura vacinal

Apesar dos números melhores da pandemia no Brasil, o chefe do Departamento de Infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Alexandre Naime, fez um alerta de que “nunca se pode dar um quadro por vencido” diante de agentes infecciosos como o coronavírus, que se adaptam com novas variantes.


Segundo ele, em entrevista à CNN nesta quinta-feira (22), as medidas sanitárias como uso de máscaras, evitar aglomerações e distanciamento social deverão ser mantidas durante um longo período: “Seguiremos por 2, 3 anos nessa luta até que a taxa de transmissão do vírus caia bastante e aí sim poderemos tirar máscaras com total segurança.”


Naime expressou preocupação com o avanço da variante delta: “A tendência à estabilidade e controle pela vacinação está sendo ameaçada pela emergência da variante delta, que é muito, muito transmissível, 97% mais do que o vírus original, ela é uma grande pedra no sapato.”


O infectologista acredita que acontecerá uma “nova realidade”, em que países com ampla vacinação ainda terão alta circulação do vírus: “As vacinas não vêm com o objetivo de evitar transmissão, o grande benefício é diminuir o risco de óbito e hospitalização, temos que continuar com as medidas de prevenção.”


Alexandre Naime avalia que a prevenção não pode ser baseada só nas vacinas, e que, justamente por isso, a flexibilização tem de ser feita com responsabilidade: “Esses eventos que promovem aglomeração vão ser superdisseminadores, deve ser feita flexibilização com responsabilidade, tentar voltar uma rotina sem promover coisas irresponsáveis.”


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