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Mãe de nove filhos batiza gêmeas com nome de dupla sertaneja Maiara e Maraísa no AC: ‘Sou fã’

O amor pela dupla sertaneja Maiara e Maraísa levou a família de duas gêmeas que nasceram prematuras no início deste mês, em Rio Branco, a dar o nome das cantoras às pequenas.


Maiara Raulino Moura nasceu pesando 2,1 quilos e medindo 42 centímetros, já Maraísa Raulino Moura teve o quadro mais delicado, ficou sete dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pois pesou apenas 1, 8 quilo. As duas nasceram de um parto prematuro, por meio de uma cesariana, no dia 2 de julho, no Hospital Santa Juliana.


Raimunda da Costa Raulino, de 33 anos, mãe das pequenas que têm os nomes das artistas, mora no bairro Cidade Nova e além das gêmeas tem outros sete filhos, com idades de 1 ano e cinco meses, 6, 8, 11, 12, 14 e 16 anos, idade do filho mais velho, sendo que uma das filhas é especial. Além das gêmeas de 21 dias.


“A gente gosta das cantoras e quando descobri a gravidez não sabia que nome colocar, passei uns dias tentando achar um nome e não conseguia. Foi quando minha filha de 11 anos chegou e disse: ‘mãe não precisa mais procurar nome para as meninas, elas vão ser Maiara e Maraísa’”, relembrou.


Raimunda disse que não houve objeção à sugestão da filha e foi aceito por todos e as meninas foram registradas com os nomes das artistas. “Todo mundo gosta”, disse sobre a dupla.


Apesar de apreciar as cantoras, a família não conseguiu lembrar o nome de nenhuma música das artistas da qual eles gostam mais. Mas, todos garantem que sempre que possível acompanham a dupla sertaneja.


“Colocamos esse nome e cremos que são cantoras para Jesus, porque também é uma forma de agradecer a Deus porque vi a hora de minha filha não sair da UTI”, contou.


Maiara e Maraísa nasceram no dia 2 de julho em hospital de Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal

Maiara e Maraísa nasceram no dia 2 de julho em hospital de Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal


Sem acompanhar a dupla

Atualmente, a família passa por dificuldades financeiras e não tem acompanhado de perto trabalho da dupla, relatou Raimunda.


“No momento a gente está sem internet, sem televisão, então, está difícil de acompanhar a dupla. Antes, a gente via pela televisão e gostava de todas as músicas. Agora veio essa dupla aqui”, contou ao se referir às filhas.


Com o momento delicado, ela disse que o enxoval das meninas foi todo por meio de doação, tanto do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município como de pessoas que se solidarizaram e colaboraram de alguma forma.


Raimunda com seis dos sete filhos antes do nascimento das gêmeas — Foto: Arquivo pessoal

Raimunda com seis dos sete filhos antes do nascimento das gêmeas — Foto: Arquivo pessoal


Sonho

Em meio às dificuldades que enfrenta, a dona de casa e mãe das recém-nascidas diz que mora de aluguel em uma casa de dois cômodos. Raimunda conta que a família passa por um momento difícil e que eles dividem a pequena renda com o aluguel e alimentação, que muitas vezes falta e ultimamente a família tem vivido de doações.


O marido é diarista e faz serviços diversos, mas está desempregado. Apesar das dificuldades, a dona de casa é grata e revela que seu maior sonho é tem uma casa para morar com os filhos.


“Meu maior sonho é uma casa para ir para dentro com meus filhos porque estou cansada de bolar. Aqui tem dois quartos e a sala, a cozinha e o banheiro são fora. Durmo com três na minha cama, o homem dorme em um colchão no chão, a especial dorme com mais outro, e os demais são separados por duplas em colchões e assim a gente dá um jeito de acomodar todo mundo”, relatou.


Além disso, devido às aulas estarem ocorrendo de forma remota por causa da pandemia, Raimunda conta que os filhos não estão conseguindo estudar por falta de telefone e internet para que eles acompanhem as aulas on-line.


“Para dizer a verdade, temos conseguido nos alimentar por meio de doações. Deus tem tocado no coração das pessoas que nos doam cestas básicas. Quando descobri a gravidez de risco a situação complicou. Mas, Deus tem abençoado e temos saúde. Tudo o que quero é um lar porque, às vezes, passamos até fome. Ultimamente eles nem têm conseguido estudar, porque não tem internet nem celular”, conclui.


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