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Joice Hasselmann diz que enviará à polícia mensagens que recebeu do marido antes de agressão

Deputada que mostrar que Daniel França não foi autor do ataque; conversa do casal mostra que neurocirurgião viajou no dia seguinte ao episódio

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou que vai enviar à polícia as mensagens que recebeu do marido, o neurocirurgião Daniel França, antes e depois da agressão que sofreu, na noite do dia 17 de julho. Segundo a parlamentar, ela vai fazer uma ata notarial das conversas para mostrar que o marido não foi o autor do ataque.


Joice Hasselman relatou a agressão pela primeira vez à colunista Bela Megale na última quinta-feira. Na ocasião, ela contou que acordou no domingo sobre uma poça de sangue, sem se lembrar o que tinha acontecido. A deputada sofreu cinco fraturas na face e uma na coluna.


Segundo trechos das mensagens aos quais o GLOBO teve acesso, dois dias antes da agressão, na sexta-feira, França mandou fotos de joias à parlamentar para que ela escolhesse quais gostaria de ganhar de presente — um hábito, segundo Hasselmann, comum do marido. Ele também lhe enviou uma foto de seu gato.


Em seguida, a deputada diz que ama o marido, que responde: “também te amo, minha Sultana!” — apelido usado frequentemente por França, de acordo com a deputada.


Hasselman relata que na noite de sábado, dia 17, ela estava assistindo a uma série quando teve um lapso de memória. Ela acordou na manhã seguinte, deitada no chão de sua casa, em cima de uma poça de sangue e sem saber o que havia acontecido durante a noite. Com várias fraturas, pediu ajuda do marido, que dormia em quarto separado. Segundo o casal, eles dormem em cômodos diferentes porque França tem problemas com ronco.


Após o relato, houve a suspeita nas redes de que Hasselmann teria sido vítima de uma agressão doméstica — hipótese de que a deputada nega. Ela suspeita que alguém tenha invadido o apartamento e desferido um golpe em sua cabeça, resultando em desmaio. Também já apontou à Polícia Legislativa e ao Ministério Público “duas pessoas suspeitas”, que preferiu não nominar e disse apenas que um deles é um parlamentar.


— As pessoas estão imputando a ele coisas que jamais faria sendo o príncipe que é comigo. Meu marido tem que dar aula de marido para muita gente, porque ele sim sabe tratar uma mulher do jeito que uma mulher tem que ser tratada, como uma princesa — defendeu Hasselmann.


Conversa entre Joice Hasselmann e o marido, Daniel França Foto: Reprodução


A deputada afirmou ainda que só foi ao hospital para fazer exames na terça-feira seguinte à agressão. Em uma entrevista coletiva no último domingo, ela e o marido justificaram a demora afirmando que França, por ser médico, a atendeu e cuidou dela em casa.


Na segunda-feira seguinte à agressão, França, no entanto, viajou para atender seus pacientes em outro estado — é o que mostram as mensagens as quais o GLOBO teve acesso. Questionada, Hasselmann confirmou que o marido, por ter pacientes em São Paulo e em Teresina, costuma passar a semana fora os atendendo e volta para ficar com ela no fim de semana.


O mesmo se repetiu na semana passada, de acordo com a deputada, que se reencontrou com o marido no sábado passado.


Conversa da deputada Joice Hasselmann com o marido, Daniel França Foto: ReproduçãoHasselmann e França já passaram um período separados no ano passado. A separação aconteceu em fevereiro de 2020, conforme noticiou a coluna da Bela Megale na época. Perguntada sobre isso, a deputada afirmou que os dois reataram o relacionamento um mês depois.


— Coisa besta de casal. Não foi nada oficial — disse.


— As pessoas estão imputando a ele coisas que jamais faria sendo o príncipe que é comigo. Meu marido tem que dar aula de marido para muita gente, porque ele sim sabe tratar uma mulher do jeito que uma mulher tem que ser tratada, como uma princesa — defendeu Hasselmann.


A deputada afirmou ainda que só foi ao hospital para fazer exames na terça-feira seguinte à agressão. Em uma entrevista coletiva no último domingo, ela e o marido justificaram a demora afirmando que França, por ser médico, a atendeu e cuidou dela em casa.


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