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Influencer que torturou filho de 3 anos alega ‘momento de leseira’ ao querer se vingar de pai do menino

Agressões foram gravadas pela própria mãe da criança, uma influenciadora digital de 27 anos. Ela enviava os vídeos com as agressões ao pai do menino.

A digital influencer, de 27 anos, indiciada por tortura contra o filho, de 3 anos, alegou em depoimento para polícia que agiu em um “momento de leseira” e que a violência contra o menino teria sido “para se vingar do pai da criança”. A informação foi passada pela delegada Joyce Coelho, responsável pelo caso, nesta terça-feira (13).


O G1 teve acesso aos vídeos em que a mulher aparece agredindo a criança, verbal e fisicamente. Nos vídeos, ela xinga o pai do menino.


A titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), delegada Joyce Coelho, disse que a equipe teve conhecimento do caso na semana passada, ao receber os vídeos por redes sociais.


Interrogada pela polícia, a influencer confessou dois episódios de agressão, os dois vídeos que circulam na internet. Um vídeo foi gravado há cerca de um mês, e outro, semana passada, por isso, não caracterizou o flagrante. A mulher foi apenas indiciada e liberada.


“Ela admite as agressões, justifica dizendo que foi um momento de leseira dela e que teria sido para se vingar realmente do pai, que esses episódios de agressão aconteceram logo após ela ter tido uma briga por telefone com o pai da criança. E isso fica claro nas imagens do vídeo”, explicou.


A influencer estava em São Paulo, onde mora atualmente o pai da criança, segundo a polícia. Ela desembarcou em Manaus na quinta-feira e foi recebida pela equipe policial com uma notificação para prestar esclarecimentos.


“Ontem [segunda-feira (12)] ela esteve na delegacia. De imediato acionamos o Conselho tutelar para que fizéssemos a representação da criança. Ela foi ouvida e, diante daquilo que todos nós vimos nas imagens, foi indiciada por tortura física e psicológica contra o filho por medida de cautela de proteção a essa criação, providenciamos o encaminhamento dele para um abrigo institucional”, disse a delegada.


A medida cautelar é uma ação provisória para proteger a criança. Logo, a Justiça deve definir a guarda da criança para um familiar.


O pai da criança ainda não foi ouvido pela polícia. A criança morava com a mãe e chegou com um ferimento à delegacia, o que a polícia considera outra justificativa para retirar a guarda da mãe.


“A gente percebe um desequilíbrio emocional muito grande na mãe – que é a única pessoa que está ali cuidando dele. Inclusive, ele chegou à delegacia com uma lesão na cabeça, e ela informou que ele sofreu uma queda e tinha passado pelo SPA”, contou Coelho.


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