A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, teve o cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS) cancelado após ser dada como “morta”. No mesmo documento, foi atribuído a ela o apelido de “Bolsonaro”. A informação foi revelada pela ‘Folha de S. Paulo’ e confirmada pelo GLOBO.
Em publicação nas redes sociais, Hoffmann disse que o motivo teria sido um ataque hacker ao sistema em 2019 e sugeriu que a fraude deve ter atingido muitas pessoas. A deputada ainda cobrou uma ação por parte do Ministério da Saúde.
“Meu cadastro no SUS foi cancelado por motivo de óbito e consta no documento, como apelido, o nome do Bolsonaro. Segundo informações isso foi em 19, ataque em massa ao sistema. A fraude deve ter atingido muitas pessoas. O q o MS fez para corrigir isso, 2 anos depois? O que vai fazer?”, escreveu a presidente do PT.
MEU CADASTRO NO SUS FOI CANCELADO POR MOTIVO DE ÓBITO E CONSTA NO DOCUMENTO, COMO APELIDO, O NOME DO BOLSONARO. SEGUNDO INFORMAÇÕES ISSO FOI EM 19, ATAQUE EM MASSA AO SISTEMA. A FRAUDE DEVE TER ATINGIDO MUITAS PESSOAS. O Q O MS FEZ P/ CORRIGIR ISSO, 2 ANOS DEPOIS? O Q VAI FAZER?
— GLEISI HOFFMANN (@GLEISI) JULY 13, 2021
Segundo a assesssoria da parlamentar, foi encaminhado um documento ao Ministério da Saúde solicitando a correção dos dados no SUS. Também estão sendo estudadas outras medidas a serem tomadas.
Hoffmann precisa provar que está viva para conseguir tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Ela já recebeu a primeira dose no dia 26 de junho em Brasília.
A parlamentar recorreu ao deputado Alexandre Padilha (PT-SP), ministro da Saúde na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff. O comentário foi feito ontem durante uma reunião da bancada do partido.
Padilha recordou ataques de hackers ao sistema da pasta em 2019, bem como o vazamento de dados de pelo menos 16 milhões de brasileiros que tiveram diagnótico suspeito ou confirmado de Covid-19, entre eles o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como revevou o ‘Estadão’. Na ocasião, o deputado acionou o Tribunal de Contas da União (TCU).
— À época, fizemos uma representação ao TCU, um requerimento de informação de apuração ao Ministério da Saúde e uma audiência pública na Câmara, na qual o ministério disse que estava apurando o que havia acontecido. Até hoje não tivemos resultado dessa apuração — disse Padilha ao GLOBO. — Durante a reunião, eu disse que acreditava que o nome dela deveria ter sido alterado junto com outras pessoas. Inclusive a alteração tem as características desse bolsonarismo à época, essa coisa de citar o Bolsonaro.
Procurado, o Ministério da Saúde ainda não retornou até esta publicação. O espaço segue aberto.