Fernando Scheffer é bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Com uma prova sensacional e bem http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrada desde a primeira virada, o gaúcho fez 1min44s66, ficou com a terceira colocação e colocou o Brasil no pódio dos 200m livre 25 anos depois de Gustavo Borges ficar com a prata em Atlanta. A Grã-Bretanha completou o pódio com dobradinha no Centro Aquático na manhã de terça-feira no Japão: Tom Dean ficou com o ouro (1min44s22) e Duncan Scott com a prata (1min44s26).
Nadando na raia 8, Scheffer entrou na final com o pior tempo, mas foi inteligente ao controlar o ritmo das braçadas até os 50m finais. O brasileiro teve o coreano Sunwoo Hwang liderando boa parte da prova bem ao seu lado, na raia 7, se manteve o tempo todo na briga pelo pódio para disparar na virada final. A medalha foi conquistada na batida, com somente dois centésimos de segundo de vantagem para o romeno David Popovic, de 16 anos.
- Ouro – Tom Dean (Grã-Bretanha) – 1min44s22
- Prata – Duncan Scott (Grã-Bretanha) – 1min44s26
- Bronze – Fernando Scheffer (Brasil) – 1min44s66
Ainda em êxtase, Scheffer celebrou o pódio e falou sobre a estratégia utilizada na prova:
– Não sei até agora ainda (o que senti). Parece que estou travado no tempo. Quando caí para a prova, não estava pensando em tempo, colocação. Só queria fazer minha prova, colocar na água tudo que treinei e nadar feliz a cada braçada, aproveitando cada metro.
“É UMA SENSAÇÃO MUITO ESPECIAL. PARECE QUE ESTOU SONHANDO AINDA”
O gaúcho de 23 anos disse que pulou na água leve, sem que um lugar no pódio fosse uma obrigação. Deu certo, e Scheffer repetiu o Gustavo Borges, que também garantiu uma medalha em Atlanta-1996 nadando em uma raia de borde, na ocasião a 1.
– Sempre nos preparamos pensando na medalha. Quando chega a competição, tento tirar a pressão, a cobrança por resultado. É difícil fazer isso na hora certa, mas me preparei para isso.
Em branco no Rio-2016, natação brasileira chega a 14 medalhas olímpicas
O gaúcho de Canoas, que começou a nadar em academia pequena da cidade para seguir os passos do irmão Augusto, garantiu a 14ª medalha da história da natação brasileira em Olimpíadas. O país passou em branco na Rio-2016 e os últimos pódios foram em Londres-2012 com César Cielo (bronze nos 50m livre) e Thiago Pereira (prata nos 400m medley).
Scheffer repetiu Gustavo Borges e colocou o Brasil no pódio dos 200m livres — Foto: REUTERS/Marko Djurica
Destaque em sua cidade, Scheffer passou a treinar no tradicional Grêmio Náutico União, em Porto Alegre, para desenvolver seu nado. Em 2018, mudou-se para o Minas Tênis Clubes.
Confundido por muitos com o quase homônimo Fernando Scherer, o Xuxa, nadador histórico dos anos 90, Scheffer agora é quem se tornou referência para as novas gerações. Assim como Xuxa e Borges, ele também é medalhista olímpico.