Ao menos 47 tiros foram disparados em atentado contra casal na fronteira; outros jovens ficaram feridos

Equipes paraguaias encontraram 47 cápsulas de uma arma de fogo calibre 9mm deflagradas no local do ataque. Casal foi assassinado em uma choperia de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia na fronteira com Ponta Porã (MS)

Ao menos 47 tiros de uma arma de fogo calibre 9mm foram disparados no atentado que matou o casal Mateo Martínez Armoa, de 21 anos, e Anabel Centurion Mancuelo, de 22, em uma choperia na cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, vizinha da brasileira Ponta Porã (MS) na última segunda-feira (26). É o que aponta o boletim de ocorrência ao qual o G1 teve acesso, confeccionado pela polícia paraguaia.


Inicialmente, a polícia havia divulgado que 35 tiros haviam sido disparados no local. Ainda de acordo com o BO, além do duplo homicídio, mais dois jovens, um de 21 anos e um menor de 16 anos, ficaram feridos no ataque.


De acordo com a polícia paraguaia, após a comunicação do crime, foram ao local equipes da Divisão de Homicídios e da Criminalística paraguaia, que encontraram 47 cápsulas deflagradas, vindas de uma arma de fogo calibre 9mm.


Luis Mateo foi o mais atingido, recebendo 35 disparos, na região do rosto, cabeça e abdômen.


O menor de 16 anos sofreu um disparo na perna, causando uma fratura na tíbia da perna esquerda.


Já o jovem de 21 anos sofreu dois disparos superficiais, em ambas as pernas. Os dois foram encaminhados a um hospital da região.


De acordo com as vítimas do atentado que sobreviveram, os tiros saíram de pessoas desconhecidas, que desceram de um carro de cor cinza, atiraram e fugiram na sequência. A Divisão de Homicídios paraguaia segue investigando o caso.


Vítima era foragido da polícia

Além de ser fugitivo, Mateo tinha antecedentes criminais, apontou delegado.  — Foto: Redes sociais
Além de ser fugitivo, Mateo tinha antecedentes criminais, apontou delegado. — Foto: Redes sociais

Mateo Martínez Armoa era fugitivo da polícia paraguaia desde 2018 por roubo grave. A informação consta no boletim da ocorrência que o serviço de segurança do país vizinho registrou sobre a morte dele e ao qual o G1 teve acesso.


O delegado responsável pela Polícia Civil da cidade do lado brasileiro, Clemir Vieira, também reafirmou o conteúdo.


Segundo Vieira, até o momento, a força de segurança brasileira não recebeu informações da polícia paraguaia sobre os casos; na opinião do delegado, é possível que as investigações no Paraguai estejam correndo sob sigilo.


O serviço de segurança do Paraguai disse que segue investigando o caso do casal e também afirmou não ter indício de que Anabel tivesse participação em algum crime.


Até o momento, o G1 não conseguiu contato com o advogado ou com a família de Mateo.


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