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Anvisa autoriza estudo de terceira dose de vacina da Astrazeneca

Agência também deu aval a pesquisa para avaliar proxalutamida, medicamento citado por Bolsonaro

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta segunda-feira a realização de um estudo para avaliar a segurança e a eficácia da terceira dose da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19.


Também nesta segunda, a agência deu aval a uma pesquisa para avaliar a eficácia do medicamento proxalutamida contra o novo coronavírus. O presidente Jair Bolsonaro defendeu no domingo uma avaliação sobre o remédio.


O estudo da terceira dose da AstraZeneca ocorrerá apenas no Brasil, com 10 mil voluntários em cinco estados, com participantes do estudo inicial da vacina. A terceira dose será aplicada entre 11 e 13 meses após a segunda dose.


Serão incluídos voluntários entre 18 e 55 anos, que estejam altamento expostos à Covid-19, como profissionais de saúde. Gestantes ou pessoas com comorbidade.


Já o estudo da proxalutamida será realizado, além do Brasil, em outros seis países: Alemanha, Argentina, África do Sul, Estados Unidos, México e Ucrânia. No Brasil serão 50 voluntários, sendo 38 em São Paulo e 12 em Roraima.


O estudo é patrocinado pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals, sediada na China. A Anvisa não divulgou o número total de voluntários.


No domingo, após ter alta do hospital no qual estava internado em São Paulo, Bolsonaro afirmou que iria cobrar do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um estudo sobre a proxalutamida, que segundo ele já estaria sendo utilizada contra a doença em outros países.


De acordo com o blog da colunista Malu Gaspar, estudo conduzido sobre o medicamento apresenta indícios de fraude e falhas graves.


Em abril, Bolsonaro já tinha citado a proxalutamida, fármaco fabricado na China e estudado para o tratamento de câncer de próstata e de mama. Desde o início da pandemia, o presidente já defendeu diversos medicamentos sem eficácia comprovada.


— (A proxalutamida) É uma droga que está sendo estudada e que em alguns países têm apresentado melhora. Existe no Brasil de forma não ainda comprovada cientificamente, de forma não legal, mas tem curado gente. Vou ver se a gente faz um estudo disso daí para a gente apresentar uma possível alternativa. Temos que tentar. Tem que buscar alternativas e, com todo respeito, eu não errei nenhuma. Até quando, lá atrás, eu zerei os impostos da vitamina D — afirmou o presidente.


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