Os acusados da morte da jovem Kesia Nascimento da Silva, de 20 anos passam pela segunda audiência de instrução e julgamento, nesta quarta-feira (2) na 1ª Vara do Tribunal do Juri, em Rio Branco.
Nesta audiência, marcada para começar 10h [horário do Acre], devem ser ouvidos os seis réus que estão presos no Acre, além de outras duas pessoas, sendo um menor suspeito de participação no crime e a mãe de um dos acusados.
Entre os réus estão Thalysson Jesus da Silva, João Vitor da Cunha Pereira, Moisés Inácio da Silva, Camila Cristine de Souza Freitas, José Natanael Aquino Duarte, Ana Lúcia Barros de Oliveira, todos presos no Acre. Além de Amanda de Lima Moura, que está foragida, e Rita Rocha Nascimento e Veralucia Marques, que estão presas em São Paulo.
A primeira audiência do caso ocorreu no último dia 10 de maio, por videoconferência, onde foram ouvidas sete testemunhas. Como não foi possível concluir o interrogatório das testemunhas, os réus, que devem ser os últimos, não foram ouvidos. Por isso, houve a necessidade de marcar a segunda audiência.
A informação sobre a audiência do grupo foi confirmada pela 1ª Vara do Tribunal do Juri. O processo tramita em segredo de Justiça e, por isso, a promotoria que atua no caso não pode comentar sobre o teor da denúncia. O G1 não conseguiu contato com as defesas dos réus.
Desaparecimento
Kesia sumiu no dia 28 de janeiro do ano passado após deixar o filho pequeno em uma lanchonete da família, na Estrada da Floresta, em Rio Branco.
Ela tinha esquizofrenia, fazia tratamento contra a doença e tomava remédios. Apesar de o corpo da jovem não ter sido encontrado, a polícia concluiu que ela foi morta.
Em novembro do ano passado, a Justiça do Acre aceitou denúncia contra nove pessoas acusadas de participação na morte da jovem. Dos nove réus no processo, seis estão presos no Acre, um foragido e dois presos em São Paulo.
Crime assistido por videoconferência
As investigações da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) apontaram que a ordem para matar a jovem partiu de duas mulheres que estavam em São Paulo. As suspeitas foram presas no último dia 15 de outubro, durante a terceira fase da Operação Sinapse, da Polícia Civil. Elas teriam assistido a execução de Kesia por videoconferência.
A polícia concluiu ainda que a jovem foi morta, esquartejada e depois teve o corpo jogado no Rio Acre. A motivação do crime seria porque a jovem teria mudado de facção criminosa e então foi vítima de uma retaliação.
Além dos nove acusados que viraram réus no processo, dois adolescentes também foram apontados pela polícia como participantes do crime.