O advogado Wesley Lacerda é dono de uma fazenda em Cocalzinho de Goiás e lembrou do período em que o fugitivo Lázaro Barbosa Sousa, 32 anos, prestou serviço no local por quatro vezes em 2018. Para o fazendeiro, o homem que está mobilizando 270 policiais em um trabalho de busca há 14 dias só será pego, caso se entregue.
“Ele é ágil, astuto e conhece a mata. A minha impressão é que ele só será pego quando quiser ou se desistir”, disse Wesley ao G1 de Goiás. A mãe de Lázaro, Eva Maria de Souza, e o companheiro dela trabalharam como caseiros na fazenda de 2017 até 2020, quando decidiram voltar para a Bahia. O local fica próximo a Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás, e também fica em parte de Águas Lindas de Goiás.
No começo deste ano, Wesley conta que a mãe de Lázaro decidiu retornar a Goiás e pediu para voltar a trabalhar no local, há cerca de quatro meses, mas acabou pedindo demissão novamente após Lázaro começar a ser procurado pela polícia por suspeita de matar uma família em Ceilândia.
Buscas – O trabalho de buscas nas matas de Cocalzinho de Goiás entraram no 14º dia seguido nesta terça-feira (22). Os agentes passaram a contar com rádios comunicadores que têm um alcance de até 30km, além de helicópteros, cães e drones com visão noturna e térmica.
Relembre o caso
No dia 9 de junho, Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, assassinou três integrantes da mesma família e sequestrou uma quarta, Cleonice Vidal, em Ceilândia Norte. O corpo dela foi encontrado dois dias depois. O homem, apontado como autor dos crimes, segue foragido dentro da mata, no povoado do Girassol (GO), próximo a Cocalzinho. Com isso, as forças policiais fecharam o cerco em torno da região na tentativa de encontrá-lo. Desde que está foragido, Lázaro tem feito reféns e invadido chácaras por onde passa.