Mulher estuprada por Lázaro: “Não está sendo fácil relembrar de tudo”

Com 19 anos, ela foi violentada por Lázaro e o irmão dele. Na época, eles fizeram uma família refém e a levaram após assalto

Não são apenas os moradores da região de Edilândia e Cocalzinho, em Goiás, Entorno do DF, que estão aterrorizados com Lázaro Barbosa, 32 anos.


Ele é suspeito de matar quatro pessoas de uma mesma família (pai, mãe e dois filhos) no Incra 9, em Ceilândia, balear quatro pessoas durante a fuga em Goiás, entre elas um policial, e praticar uma série de roubos com reféns.


Uma moradora de Ceilândia, de 31 anos, acompanha com atenção o caso. Ela tem muito medo. Em 2009, foi estuprada por Lázaro e o irmão dele, Deusdete, morto há cinco anos.


Na época, a dupla agiu de forma semelhante ao atual modus operandi de Lázaro. Os irmãos invadiram uma casa no Sol Nascente e fizeram a família refém. A jovem, com 19 anos, estava visitando primos e tios. Todos foram despidos e trancados no banheiro. Os dois estavam com uma espingarda e facas.


A mulher contou estar sem dormir e ansiosa: “Não está sendo fácil relembrar tudo o que passei”.


Na saída da casa, os irmãos resolveram levá-la com refém. Ao chegar em um córrego próximo, a violentaram e a agrediram. “Foram bárbaros”, recorda.


A mulher lembra que ficou horas sendo subjulgada pelos irmãos até o dia amanhecer:


“Comecei a ouvir barulhos de cachorros, vozes ao longe e um helicóptero passava perto. Achei que eles iam me matar, porque vi o rosto deles. Mandaram eu dar uns passos para frente e, quando virei, já não estavam mais lá”.


Oito dias em fuga

Um forte aparato policial segue mobilizado na mata à procura do criminoso, que está foragido há oito dias.


Na madrugada desta quarta-feira (16/6), Lázaro foi visto em uma fazenda a 8km de Edilândia (GO). Ele teria arrombado a porta, preparado comida e ido embora. Uma camisa dele foi encontrada no local.


“Ele entrou lá para fazer comida. Ainda quebrou a porta, mas não tinha ninguém. Ele pegou o que quis, a casa estava abastecida de comida.


Dá a entender que ele estava muito tranquilo. Agora, está cheio de polícia. Helicóptero pousando lá em casa”, afirmou uma das vítimas, que preferiu não se identificar.


Tiro em policial e família refém

Na tarde dessa terça (15), Lázaro baleou de raspão um policial durante troca de tiros. O autor da chacina no Distrito Federal também fez três reféns em Edilândia.


Na fuga, Lázaro passou por uma chácara e escondeu reféns sob folhas para que não fossem vistos pelas buscas aéreas da polícia. A polícia os encontrou com vida. As vítimas são pai, mãe e filha, de 48, 40 e 15 anos, respectivamente.


Também na terça, Lázaro foi flagrado por câmeras de segurança. “Ele estava com uma jaqueta, bermuda, uma blusa e uma botina. Estava com uma mochila nas costas, mas não vi qualquer machucado. Não havia nada aparente.


Ele dormiu na cama que eu descanso e não ficou marca de sangue. Só suja de terra. Se estava armado, a arma estava dentro da mochila”, disse o chacareiro Rosinaldo Pereira de Moraes, 55 anos.


Desde a noite de segunda (14), após Lázaro trocar tiros com um caseiro em Edilândia, havia a suspeita de que o homicida poderia estar ferido.


Veja as imagens:


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