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Militar que matou pedestre em ciclovia terá que pagar 50 mil para sair da cadeia

Juiz André Monteiro entendeu que não seria o caso de decretação de prisão preventiva por se tratar de crime culposo

CORUMBÁ (MS) – O militar da reserva da Marinha Evanir Garcia de Paula, 55 anos, que estava embriagado, atropelou dois pedestres, matando uma mulher em avenida de Corumbá, na segunda-feira (14), foi preso temporariamente, mas para sair da cadeia terá que pagar R$ 50 mil da fiança. A definição do valor foi em audiência de custódia na tarde de ontem, com o juiz André Monteiro. O magistrado entendeu que não seria o caso de decretação de prisão preventiva por se tratar de crime culposo, mas que terá a fiança a pagar.


O militar está preso desde a noite de segunda-feira, quando atropelou e matou  Cristiane do Carmo Alves faria, 39 anos. Ela, e outros pedestre também atropelado, faziam caminhada em ciclovia no centro da capital do Pantanal, município do Oeste de Mato Grosso do Sul, a 450 km de Campo Grande capital.


“A despeito da gravidade da conduta que consternou a comunidade local, denota-se, no caso dos autos, sobretudo do enquadramento legal (homicídio culposo) indicado pela autoridade policial e corroborado pelo titular da ação penal (Ministério Público), a inviabilidade de decretação da prisão preventiva do acusado”, escreveu o magistrado.


Ele responderá homicídio culposo, mas de acordo com o despacho do juiz, “a despeito de a pena máxima (se condenado) ser de quatro anos, a forma como o caso foi enquadrado impõe a concessão da liberdade provisória.”



Defesa


O advogado Jean Carlos Medeiros, defensa do militar, já havia pedido a liberdade provisória, alegando principalmente que o cliente não representa perigo à sociedade se responder o processo em liberdade. No interrogatório na delegacia, Evanir exerceu o direito ao silêncio.


Mas, além do pagamento da fiança, terá de entregar a carteira de motorista à Justiça, como solicitou o promotor Guilherme Pereira Diniz Penna, ao se manifestar sobre o caso.


O acidente fatal 


Cristiane do Carmo Alves Faria, foi a óbito, após ser atropelada pelo militar, que estava bêbado, conforme constatado por teste do bafômetro, na ciclovia da Avenida Rio Branco, em Corumbá.


Ele conduzia uma caminhonete S10 branca, no sentido Ladário/Corumbá, quando atingiu a mulher e mais um homem de 38 anos, em frente à sede do Corpo de Bombeiros da cidade.


Evanir foi preso por um sargento da Polícia Militar, que havia acabado de sair do trabalho e passava pela avenida, no momento do acidente. Preso, o militar da reserva Marinha admitiu que havia acabado de sair de um sítio e havia ingerido bebidas alcoólicas.


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