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“Tudo que dependia de transporte no Acre vai diminuir no mínimo 5%”, diz Bolsonaro ao inaugurar a Ponte do Abunã

Com Gladson Cameli e o pesidente Bolsonaro, inauguração da Ponte do Abunã é um marco histórico para o Acre Foto: Diego Gurgel/Secom

A conexão terrestre do Acre com os demais estados brasileiros foi finalmente oficializada no início da tarde desta sexta-feira, 7 de maio, quando o presidente Jair Bolsonaro, o governador Gladson Cameli e o ministro da Infraestrutura, Tarcíso Freitas, descerraram a faixa inaugural da Ponte do Abunã, no Rio Madeira, no distrito de Vista Alegre do Abunã (RO).


A obra, que custou R$ 148 milhões, foi construída com recursos do governo federal e encerrou décadas de travessias de veículos e pessoas por meio de balsas no trecho da BR-364.


O presidente Bolsonaro chegou ao local de helicóptero e, antes de iniciar a solenidade, foi cumprimentar apoiadores que o aguardavam com faixas e camisetas personalizadas. Bolsonaro disse em seu discurso que agora se encerrou um ciclo e começa outro com grandes expectativas.


“Essas balsas serviram a vocês por muito tempo, mas tudo tem seu prazo de validade. Fiz uma conta rapidamente. Posso até estar equivocado, mas aqui vocês deixavam por dia cerca de cem mil reais para fazerem a travessia. Isso acabou. Além do tempo que vocês não mais gastarão. Tudo que depende de transporte para o Acre diminuir  no mínimo cinco por cento ou mais. Isso é sinal dos tempos, são as obras, o trabalho do povo. Agradecemos a todos que se empenharam nesse momento”, disse o presidente.


Ponte representa um novo momento para a economia do estado, com possibilidade de investimentos e barateio de preços em serviços e mercadorias Foto: Diego Gurgel/Secom

Com 1.507 metros, a Ponte deve entrar em funcionamento neste sábado, 8, depois que toda estrutura montada para o evento seja removida. Para o governador Gladson Cameli, a entrega da ponte liga definitivamente o Atlântico ao Pacífico e consolida o corredor de exportação e importação entre o Acre e o Brasil com os países andinos.


“Presidente Bolsonaro, eu como governador só tenho que agradecer ao senhor e a sua equipe. Criticar é muito fácil. Fica o reconhecimento do povo do Acre que está marcado na nossa história e o senhor assina de fato e de direto nesse momento, inaugurando a Ponte sobre o Rio Madeira, que nós acreanos, brasileiros que lutamos pra ser estado, sentimos na pele o que é ser um estado isolado. Há mais de décadas isolado para os demais da federação. Os que reclamam vão continuar reclamando. Os que querem ajudar, é obras como essa que temos que fazer para gerar emprego e renda para o nosso povo”, falou o governador.


Mesmo entre as capitais Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO), população fez questão de prestigiar inauguração da ponte que liga o Acre ao restante do Brasil Foto: Pedro Devani/Secom

A obra foi entregue à população durante uma solenidade realizada no elevado de acesso a ponte com a presença também do governador de Rondônia, Marcos Rocha, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, os senadores Márcio Bittar, Sérgio Petecão e Mailza Gomes, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalon, o presidente da Assembleia Legislativa do Acre, Nicolau Júnior, além de deputados federais, estaduais, prefeitos, secretários, vereadores e convidados.


O que disseram

“Tenho um carinho imenso pelo povo do Acre. Somos irmãos e agora vamos estar ainda mais próximos. Essa ponte vai permitir a realização de mais negócios entre Acre e Rondônia e temos que abrir as portas e aproveitar o ganho logístico que ela vai ofertar a partir de agora”
Hildon Chaves, prefeito da capital de Rondônia


“Quando cheguei aqui, na década de oitenta, o grande sonho era a pavimentação da estrada. Depois veio o sonho da ponte e hoje estamos aqui para testemunhar esse momento. Essa ponte vai destravar nosso desenvolvimento. Eu estou muito feliz em poder participar desse momento, porque vai alavancar também o setor produtivo”
Tião Bocalom, prefeito de Rio Branco


“Vai tirar o último ponto de isolamento. Significa a consolidação do acesso ao Pacífico. Vai diminuir o tempo de transporte de tudo que sai e entra no Acre. Ano que vem vamos entregar o anel viário de Brasileia e fechar esse circuito”
Petrônio Antunes, presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre)


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