Morreu na manhã de hoje em Ituporanga, a 169 km de Florianópolis (SC), a sexta pessoa da mesma família por complicações da covid-19.
José Joarez de Almeida, de 48 anos, estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Bom Jesus.
Antes de José Joarez, morreram o pai dele e outros quatro irmãos em um período de 33 dias. A primeira morte ocorreu em 2 de abril. Do núcleo familiar, apenas a mãe e outra irmã conseguiram sobreviver às complicações da doença.
Ao UOL, parentes de José Joarez informaram que o velório e o sepultamento ocorrerão em Ituporanga. “Será o único que conseguiremos velar em meio a todas essas perdas”, disse uma familiar que, muito abalada, preferiu não se identificar.
José Joarez faria 49 anos em 31 de maio e não tinha histórico de comorbidades. Ele estava sob ventilação mecânica e ficou internado por quase duas semanas.
Nas redes sociais, a vítima chegou agradecer amigos e demais familiares em relação às mensagens de conforto em razão das perdas do pai e dos irmãos.
“Obrigado a todos os amigos e parentes do Facebook pelo conforto neste momento difícil que estamos passando. Em nome da família Almeida o meu muito obrigado de coração partido”, escreveu.
Seis mortes em 39 dias
A família Almeida enfrenta a perda de parentes desde 2 de abril, quando Maria Rosimara de Almeida Hellmann, de 34 anos, foi a primeira a perder a vida para a covid-19.
Irmão dela, o técnico em enfermagem Antônio de Almeida, de 50 anos, morreu oito dias depois.
Em 24 de abril foi o pai, João Alci de Almeida, que não resistiu às complicações causadas pelo coronavírus.
Pouco mais de uma semana depois, em 3 de maio, mais uma de suas filhas, Zelirde Almeida, de 45 anos, também morreu.
Já em 5 de maio, João Ércio de Almeida, de 40 anos, se tornou a quinta vítima fatal na família.
Além deles, uma sexta filha de João Alci, Lucimara, e a matriarca da família, Cecília Almeida, de 69 anos, também foram infectadas, mas sobreviveram.
Os familiares comentaram que não sabem como se infectaram com o coronavírus, pois todos respeitavam os protocolos sanitários.
Todas as vítimas residiam em Ituporanga, que agora registra 53 mortes pela doença.