PF diz que desvios de mais de R$ 4,5 milhões na prefeitura de Cruzeiro do Sul ocorreram em 2017 e 2021

Foto: Reprodução

Os delegados da Polícia Federal Tiago Souza, Fabrício Santos e Ana Domingues, afirmaram em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, 25, após as Operações Jumper e Súplica, ter havido fraudes em compras e serviços pagos pela prefeitura de Cruzeiro do Sul durante enchentes do Rio Juruá em 2017, na gestão do ex-prefeito Ilderlei Cordeiro, e agora, em 2021, na gestão do prefeito Zequinha Lima.


Em 2017, o montante desviado foi de R$ 4,5 milhões. O valor deste ano ainda está sendo apurado. O desvio investigado nas duas operações somam R$ 24 milhões. 33 pessoas são investigadas nas duas Operações e 9 carros foram apreendidos em Cruzeiro do Sul.


Os delegados citam que de quatro mandados de prisão da Operação Jumper, um foi cumprido em Cruzeiro do Sul, dois na Bahia e um segue em aberto e será cumprido em São Paulo. Na Operação Suplica não houve mandados de prisão expedidos.


A polícia ressalta ainda que a pessoa presa não é empresário e nem o secretário de Administração Municipal de Administração do município, João Pereira. De acordo com a PF, o esquema de desvio de recursos era muito sofisticado e por meio de duas fundações, a CBCN e a FCCV . “Não podemos citar nomes. Mas o esquema de desvio e lavagem era sofisticado e com divisão de tarefas” , conta o delegado Tiago Souza.


No início da manhã de hoje, a PF esteve em empresas de material de construção, de alimentos, de água mineral e de restaurantes, que seriam fornecedores da prefeitura de Cruzeiro.


O assessor de Comunicação da prefeitura de Cruzeiro do Sul, Francisco Melo, disse que soube informalmente que a Polícia Federal esteve na casa do secretário de Administração do município, João Pereira, mas ainda não sabe o motivo porque ainda não esteve com ele. Ele destaca que a PF não esteve na sede da prefeitura e em nenhuma secretaria ou órgão ligado à gestão municipal. “Tão logo nós tenhamos conhecimento sobre os fatos nos manifestaremos”, concluiu.


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