“Tive vontade de chorar. Não queria chorar na apresentação. Passei muitos dias chorando todos os dias, foi uma coisa insuportável. E não quis chorar naquele momento. E os três finalistas não sabiam de nada do que tinha rolado aqui fora comigo. Queria levar um alívio para eles, que haviam acabado de receber a notícia da morte do Paulo Gustavo (1978-2021). Queria que eles ficassem mais leves, porque é assim que eu decidi viver”, disse a cantora em uma live com o site PopLine.
Antes de entrar ao vivo para todo o Brasil e cantar Dilúvio, música que escolheu para simbolizar a queda de sua popularidade e seu renascimento, Karol decidiu se recolher e ficar quieta nos bastidores, para conseguir se concentrar e não deixar as emoções atrapalharem a performance.
“Fiz uma mentalização num processo comigo mesma, fiquei muito quieta no meu canto. Já que a minha imagem e a minha fala despertaram tanto ranço nas pessoas, queria que aquele momento despertasse a reflexão sobre a vida, sobre a dor de viver. Cada um tem suas camadas de dores, e eu estava falando com todos os seres humanos. Queria levar alívio e esperança, porque depois de um dia de dilúvio a gente consegue resgatar as forças”, explicou.