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Membros de facções criminosas presos em operação no AC são condenados a mais de 128 anos

Treze integrantes de organizações criminosas que atuavam no Acre e que foram presos na Operação Ghidorah, em junho do ano, passado foram condenados a penas que somam mais de 128 anos. A decisão da Vara de Delitos de Organizações Criminosas de Rio Branco foi divulgada pela Justiça nessa segunda-feira (17).


Os condenados foram alvos da operação deflagrada pelo Ministério Público (MP-AC) e Polícia Militar do Acre (PM-AC), que cumpriu 20 mandados judiciais em cinco cidades do estado. As ações foram coordenadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).


Conforme a Justiça, os réus cometeram o crime de integrar organização criminosa, com agravamento da pena por: uso de arma de fogo, envolvimento de adolescente e manter conexão com outra organização. Dois dos acusados ainda tiveram como aumento da pena o fato de serem chefes da organização.


As penas, que variam entre 6 a 14 anos de prisão, foram estipuladas conforme o envolvimento dos acusados na organização e também se confessaram a participação nos crimes. A Justiça analisou ainda os antecedentes e a reincidência.


A denúncia foi recebida em julho de 2020 e as audiências de instrução e julgamento foram realizadas por videoconferência. O cumprimento da pena de 11 réus é em regime fechado, somente um integrante que foi condenado a seis anos e cinco meses de reclusão que deve iniciar no semiaberto.


Operação

A operação foi resultado de cinco meses de investigação, iniciada após a apreensão de documentos em Guarulhos (SP). A ação desarticulou os núcleos de três facções criminosas que atuavam no estado.


Na época, foram cumpridos 20 mandados judiciais nas cidades de Rio Branco, Senador Guiomard, Feijó, Tarauacá e Rodrigues Alves. Entre eles, 10 eram de prisão e 10 de busca e apreensão. Alguns dos alvos estavam envolvidos em tráfico de drogas e crimes contra o patrimônio na Região do Juruá, segundo o MP.


A Operação Guidorah contou com o efetivo de 63 policiais que atuaram junto ao Gaeco. O nome da operação faz referência a uma figura da mitologia japonesa, representada por um dragão de três cabeças, e foi escolhido porque visa atingir o núcleo de três facções aliadas.


Conselheiros

As investigações, segundo o membro do Gaeco, promotor Bernardo Albano, revelaram ainda dados de um conselheiro que recebia mensalmente ajuda financeira no estado.


“Conseguimos desarticular conselheiros da Ifara, liderança do Bonde dos 13 e integrantes que tinham funções gerais do PCC, como de um conselheiro que tinha a atribuição de gerenciar todas as mulheres faccionadas, e conseguimos chegar à autoria de um homicídio no Belo Jardim, que já foi responsabilizado no decorrer dessa operação”, destaca.


Durante a ação, foram apreendidos equipamentos eletrônicos onde, segundo o MP, foram encontrados dados sobre membros das facções, vídeos dos integrantes e mensagens sobre as movimentações dos grupos.


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