A notícia de que duas pessoas com a cepa indiana passaram pelo Aeroporto de Guarulhos nas últimas semanas preocupa as autoridades de saúde. O Hospital Geral de Guaianases, http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrado pelo governo do Estado, vai ser referência pra atender pacientes que estejam com a variante indiana.
O local foi escolhido por sua estrutura, e também pela proximidade com o Aeroporto de Cumbica. Cerca de 20 quilômetros. Serão separados 30 leitos para esses pacientes. Dez deles de UTI.
Neste sábado, o hospital já tem 130 pacientes internados com a Covid-19, com 90% da UTI ocupada. E por enquanto, não há plano para transferir ninguém. A prefeitura da Capital também está se preparando para receber pacientes com a nova cepa.
O Hospital Municipal Ignacio Proença de Gouvea, na Mooca, já está em reforma.
O secretário municipal de Saúde disse que o hospital só vai receber pacientes com a nova cepa se a estrutura de Guaianases não der conta. “Quem vai receber pacientes da cepa indiana, no primeiro momento, será o Hospital de Guaianases. Se lá na frente nós tivemos problema, esse hospital ficar lotado, aí sim o Ignacio de Proença de Gouvea, na Mooca, é uma das alternativas. Nós estamos inclusive fazendo mudanças no hospital, e esses novos 250 leitos que nós vamos abrir em 16 hospitais dias, e no hospital da Uninove, vão receber os pacientes inclusive da Mooca, liberando o hospital pra que ele eventualmente possa receber pacientes da variante”, disse Edson Aparecido.
A secretaria da Saúde está se programando para atender pacientes na terceira onda em São Paulo.
“Com as últimas informações e os números que nós temos das internações da média móvel dos últimos 14 dias, nós devemos ter esse pico de internações no próximo dia 17 de junho, semelhante ao pico de internações da segunda onda no dia dois de abril”, disse o secretário.
O pico citado pelo secretário é de mil pessoas eram internadas todos os dias só na cidade de São Paulo. O ritmo desalecerou, e as internações diárias chegaram a pouco mais de 600, mas a curva voltou a crescer nas últimas semanas, e chegou a 738 pacientes dando entrada em um hospital todos os dias.
“Num cenário em que o ponto de partida é alto, e com variante circulando, a gente tem muito medo que essa terceira onda seja muito devastadora, ainda mais com a vacinação em um ritmo muito abaixo do ideal. A gente sabe que para o vírus ficar controlado, a gente precisa de pelo menos 70% da população imunizada com duas doses. A gente começou em janeiro, estamos no final de maio, e não tem nem 10 por cento imunizado com duas doses”, disse o epidemiologista Pedro Hallal.