O deputado Luiz Gonzaga (PSDB), primeiro-secretário da Aleac, viaja para Brasília nesta segunda-feira para se encontrar com o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
A reunião foi intermediada pela deputada federal Mara Rocha (PSDB) para tratar de recursos para a recuperação da BR-364 entre Rio Branco a Cruzeiro do Sul. Gonzaga está levando vídeos para mostrar ao ministro a situação da BR no trecho entre Sena Madureira e Feijó.
A BR corre o risco de ser interditada caso uma obra de urgência não seja realizada. O risco é deixar todo o vale do Juruá isolado, sem receber víveres e combustível inclusive para abastecer os geradores de energia elétrica.
No trecho em questão, houve uma recuperação em outubro que não resistiu até fevereiro porque foi jogado asfalto por cima das pedras, sem Cap, que é um aglutinante e impermeabilizante obtido do petróleo, próprio para a manutenção de pavimentos asfálticos.
Construção de um porto em Cruzeiro do Sul
O deputado também vai tentar sensibilizar o ministro para a necessidade de construção de um porto em Cruzeiro do Sul: “O porto é vital para a região. Mesmo com a estrada aberta, é pelo porto que chegam as mercadorias de Manaus. É também através dele que o principal produto da Região, a farinha, é exportada”.
O porto que existia em Cruzeiro do Sul foi abandonado. A rampa para carga e descarga foi levada pelas águas. A sede está desmoronando e até a Marinha se retirou do local por falta de condições. Para embarcar a farinha para outros estados, os produtores precisam pagar transporte até Guajárá-AM, onde o custo do transporte também é mais alto.
Esse processo reduz os lucros dos produtores.
No pacote de reivindicações de Luiz Gonzaga, constam ainda uma representação do DNIT em Cruzeiro do Sul e recursos para a BR 307 que liga Cruzeiro do Sul a Porto Walter.
Faltam apenas 26 km para concluir a estrada. 40 km foram abertos. A estrada segundo Luiz Gonzaga, é fundamental para a população de Porto Walter: “A população de Porto Walter fica isolada no período de verão. O nível dos rios baixa a ponto de não permitir a navegação dos barcos que levam produtos de primeira necessidade. É cruel permitir que em pleno Século XXI, mais de 12 mil habitantes sofram com o isolamento, quando falta tão pouco para resolver o problema”, disse Gonzaga.