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Das mais de 2,3 mil mortes registradas nos 4 primeiros meses de 2021 no AC, mais de 30% foram por Covid-19

Foto: Reprodução

Do total de 2.374 mortes registradas entre os meses de janeiro e abril desse ano, 734 foram causadas pela Covid-19. O número representa 31% do total de óbitos, segundo dados são do Portal de Transparência do Registro Civil, que lista esses números em todo o país.


Os dados revelam ainda que as mortes registradas nos primeiros quatro meses de 2021 já representam quase que o total de mortes registradas no ano passado, desde o primeiro registro.


A primeira morte pela doença no Acre foi registrada em 6 de abril de 2020. A vítima foi Antônia Holanda, de 79 anos, que não resistiu após seguidas paradas cardíacas.


No ano passado, no período de abril a dezembro, foram contabilizados 795 óbitos pela doença. O portal de registros aponta ainda que foram expedidas, nesse período, 4.748 certidões de óbitos em todo o estado. Portanto, no ano passado, 17% das mortes no Acre foi por Covid-19.


O estado está em contaminação comunitária desde o dia 9 de abril, com uma taxa de incidência de 8.769,4 casos para cada 100 mil habitantes. A taxa de mortalidade em cada 100 mil habitantes é de 174, já a de letalidade – quantidade de mortos dentro dos números confirmados da doença – é de 2%.


Segundo boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) divulgado nessa terça-feira (4), o Acre registra um total de 1.555 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia, em março do ano passado. Ao todo, 78.440 casos foram confirmados da doença.


Aumento nos cemitérios da capital

Os quatro cemitérios http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrados pela Prefeitura de Rio Branco registraram aumento de 24% no número de enterros ao longo do ano de 2020. Ao todo, foram 1.232 nos 12 meses do ano passado, contra 994 no mesmo período de 2019.


Os dados são da coordenação dos espaços repassados a pedido do G1 e indicam que a pandemia do novo coronavírus foi a principal responsável pelo aumento. Segundo a coordenação, do total de sepultamentos no ano passado, 268 foram de vítimas da Covid-19, ou seja, 22% do total.


Neste ano, a média mensal de enterros continua alta. Somente entre janeiro e os primeiros 13 dias de abril, foram registrados 588 sepultamentos nos quatro cemitérios. Desses, 273 foram de vítimas da Covid-19, ou seja, 46,4% do total.


Na capital, a prefeitura http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistra quatro cemitérios oficiais, são eles: Jardim da Saudade, São João Batista, São Francisco e Cruz Milagrosa. O que registra maior número de enterros foi o São João Batista, com 631 sepultamentos no ano passado, sendo 158 de vítimas da Covid-19, contra 508 em 2019. Este ano, em menos de quatro meses, o local teve 282 sepultamentos, sendo que 176 foram de infectados pelo coronavírus.


Em segundo lugar aparece o Cemitério Jardim da Saudade, que teve 504 enterros em 2020, sendo 90 de pessoas com Covid-19. No ano anterior, foram 402. Em 2021, já foram registrados 284 enterros, sendo 83 de vítimas da pandemia.


Os quatro cemitérios http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrados pela Prefeitura de Rio Branco não possuem mais lotes de terra para venda há pelo menos cinco anos. Na capital, há vagas apenas no Cemitério Morada da Paz, que é particular.


Mortes por Covid

O Acre segue com altos números de mortes por Covid-19 registrados diariamente. Em um levantamento, feito de acordo com dados dos boletins da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), é possível perceber que nos primeiros quatro dias de maio o estado registrou 26 mortes por Covid-19 e mais de 690 casos novos da doença.


A tendência de alta nos números de mortes vem desde o mês de março, que fechou com 264 óbitos pela doença. O mês de fevereiro teve 131 mortes e janeiro 72. O mês mais letal desde o início da pandemia foi abril, com um total de 267 óbitos. No dia 28 do mês passado, o estado atingiu o recorde de mortes desde o início da pandemia com 17 óbitos. O maior número havia sido no dia 23 de junho 2020, com o registro de 16 vítimas fatais pela doença.


Os dados revelam que das 1.555 pessoas que perderam a vida para a doença até essa terça (5), 902, que é 58% do total, eram homens e os outros 42%, 653, eram mulheres. O número de pessoas sem comorbidades mortas pela doença também continua aumentando, mesmo que ainda seja menor do que o de pessoas com comorbidade que não resistiram. Do total das vítimas, 892 (57,4%) tinham alguma comorbidade, outras 663 (42,6%) não tinham histórico de outras doenças.


A faixa etária que registra mais mortos, 372, é a de 70 a 79 anos, seguindo também pela 60-69 anos, com 371 vítimas. O vírus atinge ainda mais as pessoas que são pardas, segundo o boletim, com 37.677 casos confirmados da doença. Já entre os indígenas, há 949 casos confirmados, o menor na distribuição dos casos confirmados pela etnia.


Maiores índices já registrados no Acre

  • Recorde de casos em 24 horas: 853 em 2 de abril;
  • Recorde de mortes em 24 horas: 17 mortes em 28 de abril de 2021;
  • Mês com maior número de mortes: abril.
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