CPI da Pandemia gera 11,8 milhões de publicações no Twitter

O levantamento, realizado a pedido do jornal O Estado de S. Paulo, inclui menções relacionadas à palavra-chave principal (CPI da Covid), seja pelo uso de hashtags seja em referências aos parlamentares e depoentes. A comissão, que busca investigar possíveis omissões do governo de Jair Bolsonaro no combate à pandemia do coronavírus virou o “novo hit” dos usuários do Twitter.


E, apesar das diferenças ideológicas, usuários à direita e à esquerda encontram interesse equivalente nas investigações.


Diretora de Operações da Bites, Fabiana Parajara afirmou que nem governistas nem opositores ao governo federal se sobressaem no debate. “A reação governista é mais coesa, eles têm uma linha argumentativa mais parecida. Já no caso da esquerda, as pautas são mais difusas. Não tem um lado que está ‘ganhando’ a discussão. A gente tem um embate entre torcidas”, disse.


Até agora, o depoimento mais comentado foi o do primeiro dia do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na comissão. Somente no dia 19, foram 1,3 milhão de tuítes em referência a falas do general.


Em seguida, aparecem os depoimentos do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, com 1,13 milhão de postagens, e da médica Mayra Pinheiro, com 702 mil menções à secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde e à comissão em si.


Principal hashtag do período, #CPIdaCovid acumula 749 mil menções na rede social. A marcação é usada tanto por governistas quanto por opositores. Em seguida, vem a tag #RenanVagabundo, com 573 mil menções, inundada por críticas de apoiadores de Bolsonaro ao relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).


O “levante” faz referência ao xingamento usado pelo senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) durante uma discussão com o parlamentar no fim do depoimento de Wajngarten ao colegiado.


A maior propagação de publicações – chamada na plataforma de retuítes ou RTs – vem de páginas, às vezes anônimas, que não estão associadas a partidos ou a figuras políticas.


“Às vezes é uma pessoa com perfil pequeno (em número de seguidores). Aí, um influenciador vê (a publicação e compartilha) e começa a virar um viral”, afirmou Fabiana, que destaca a proliferação de páginas de humor. Entram nessa soma as arrobas Jairme’s Vaccine Race, à esquerda, e Tony Stark Patriota, à direita.


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