Covid: Variantes não representam risco para os vacinados, diz Johns Hopkins

O professor de doenças infecciosas da Universidade Johns Hopkins, Stuart Ray, afirmou que as variantes de Covid-19 não representam um grande risco para aqueles que já foram vacinados

O professor de doenças infecciosas da Universidade Johns Hopkins, Stuart Ray, afirmou que as variantes de Covid-19 não representam um grande risco para aqueles que já foram vacinados.


A afirmação foi dada em entrevista ao canal de notícias econômicas Bloomberg , na qual ele discutiu o progresso da ala científica feito na compreensão do coronavírus e as preocupações com as novas cepas.


Questionado se tem “medo das variantes”, o docente explica que teme mais pela “população em geral do que pelo indíviduo sozinho”.


“Eu creio que se você já está completamente vacinado, o sistema imunológico não está prejudicado. Então, as variantes não representam um grande risco e as vacinas são muito efetivas contra essas novas cepas”, declara Ray.


No entanto, o professor aponta que o maior problema das novas variantes de Covid-19 é o “aumento da infectividade do vírus ante o limiar da imunidade de rebanho“.


“Precisamos de mais pessoas vacinadas. Proteger a população da propagação desse vírus agora é ainda mais preciso. Portanto, quanto mais infeccioso for o vírus, mais pessoas precisamos vacinar para, enfim, chegar ao ponto em que não tenhamos o surgimento de uma epidemia“, esclarece.


Ray ainda criticou a resistência à vacinação de muitas pessoas e apontou que a famigerada imunidade de rebanho – que ocorre quando 60% a 70% da população de um país é vacinada, em média – precisa, agora, ser ampliada nos Estados Unidos (EUA).


“Precisamos de 80% a 90% das pessoas vacinadas no país, e isso fica muito difícil quando há resistência encontrada”, diz.


Sobre o entendimento do coronavírus Sars-CoV-2, o docente garante que os cientistas e a área da saúde, como um todo, progrediram muito e “chegaram longe” na obtenção de informações sobre vacinas e como lidar com a Covid-19, mas que o trabalho deve continuar ao longo dos próximos anos.


“Ainda temos alguns obstáculos e estamos aprendendo muito sobre como o vírus se espalhou e o que torna alguém suscetível. Portanto, acho incrível que tenhamos chegado tão longe em um ano e meio, mas o aprendizado continua”.


A verdade é que ainda há muitos detalhes que a ala científica deve pesquisar e analisar sobre o efeito das vacinas no combate às variantes, visto que alguns estudos recentes publicados entram em contradição.


Por exemplo: um levantamento feito pela agência pública de saúde da Inglaterra (PHE) no último sábado (22) aponta que os imunizantes da Pfizer/BioNTech e AstraZeneca/Oxford são eficazes em até 93% contra as novas cepas, incluindo a indiana B.1.617.2.


No entanto, outra pesquisa apontou que variantes do coronavírus podem “escapar da resposta imunológica” criada naturalmente ou por vacinação no corpo.


O estudo foi feito por cientistas da Scripps Research, juntamente com colaboradores na Alemanha e na Holanda.


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