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Brasil aceita doação do COI e vai vacinar delegação das Olimpíadas

Governo inclui os credenciados para Tóquio 2020 em grupo prioritário. Vacinas vão ser cedidas pelo COI, que também vai doar doses ao SUS para vacinar a população brasileira

O Governo federal vai vacinar os membros da delegação brasileira que irão ao Japão para a cobertura das Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio.


A decisão é do Ministério da Saúde em conjunto com o Ministério da Defesa e o Comitê Olímpico do Brasil. O país decidiu aceitar a ajuda do Comitê Olímpico Internacional.


Com isso, cerca de 1500 pessoas – entre atletas, membros de comissão técnica e jornalistas envolvidos na cobertura – entrarão no grupo prioritário do Plano Nacional de Imunização (PNI).


 As vacinas vão ser cedidas pelo COI e não vão sair das doses obtidas pelo Governo Federal para imunizar a população.


 E para cada dose cedida para imunizar a delegação brasileira que vai para as Olimpíadas, o COI vai doar outras duas ao SUS para vacinar os brasileiros.


 Mais detalhes do plano de vacinação da delegação serão anunciados nesta terça-feira, às 11h30, em uma coletiva no Ministério da Saúde, em Brasília.


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o ministro da Cidadania, João Roma, o secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães, e o Diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, Major-Brigadeiro Isaias Carvalho, além do vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marco Antônio La Porta Júnior, vão participar da coletiva de imprensa. O início da vacinação dos atletas brasileiros começaria na sexta-feira, dia 14.


Em março, o ge noticiou que atletas militares brasileiros seriam vacinados como grupo prioritário das Forças Armadas, de acordo com o Ministério da Saúde.


O COB sempre declarou que “a entidade seguirá o PNI”. Agora, ficou a cargo do próprio COB elaborar a lista final com os nomes que irão a Tóquio.


A operação vai usar instalações das Forças Armadas em seis capitais brasileiras. Além do CT do Time Brasil, no Maria Lenk, no Rio de Janeiro.


Vários países do mundo estão imunizando suas delegações para competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Nesta terça-feira, a Austrália, por exemplo, começou a vacinar seus credenciados.


Outros países também colocaram atletas no grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19, como Bélgica, Espanha, Nova Zelândia, Alemanha, México, entre outros. O COI já disse publicamente que as vacinas não serão obrigatórias para os atletas disputarem os Jogos.


Doação do COI via China


De acordo com o presidente do COI, Thomas Bach, a China ofereceu vacinas para todos os atletas que disputarão as Olimpíadas.


O Brasil aceitou a oferta do COI, e as doses serão entregues ao Governo Federal.


Para cada membro da comitiva brasileira que irá a Tóquio, serão oferecidas outras duas doses para a população.


E essas vacinas doadas serão incluídas no plano de vacinação do SUS. O COB corre contra o tempo para vacinar os atletas, já que faltam menos de três meses para o início das Olimpíadas e grande parte da delegação viaja antes para o Japão.


O Brasil ainda não conhece todos os seus classificados para as Olimpíadas, já que com o adiamento ou cancelamento de diversas competições devido à pandemia, os torneios classificatórios e as datas limites foram prorrogadas.


Por isso, a lista de vacinados tende a ser maior para comtemplar todos os atletas que ainda têm chance de vaga. Atualmente, o país tem 213 vagas asseguradas nos Jogos.


Alguns atletas e integrantes de comissão técnica já foram vacinados, seja por estarem na lista das Forças Armadas ou por serem profissionais da saúde, como professores de Educação Física.


Segundo levantamento não oficial, cerca de 80 atletas e membros de comissão técnica já foram vacinados fora do Brasil.


Bruno Fratus recebe vacina nos Estados Unidos — Foto: Reprodução Instagram
Bruno Fratus recebe vacina nos Estados Unidos — Foto: Reprodução Instagram

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