A primeira vez em que um homem pisou na lua foi em julho de 1969 quando os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin deixaram a nave comandada por Michael Collins e deram seus primeiros passos em solo lunar na histórica missão Apollo 11. Agora, a Nasa deve voltar a fazer história ao enviar a primeira mulher para pisar na lua.
A experiente astronauta Christina Koch é uma das selecionadas para esta missão e pode se tornar a primeira mulher a pisar na superfície da lua. A missão Artemis pretende voltar a levar humanos à lua em 2024, mas a Nasa e seu time de profissionais selecionados trabalham desde já nos preparativos. O time inicial da missão Artemis conta com 18 profissionais, entre eles Christina e outras sete mulheres.
Em sua última missão espacial em 2020, Christina passou o Natal no espaço. Longe da pandemia na Terra, a astronauta pôde comemorar a data ao lado de outros colegas que estavam na Estação Espacial Internacional e fazer ligações para familiares.
Em janeiro do ano passado, Christina Koch se tornou a mulher a passar mais tempo no espaço, quebrando o recorde anterior que pertencia à ex-comandante da Estação Espacial Internacional, Peggy Whitson. A marca de 289 dias corridos em órbita foi ultrapassada por Koch, que ficou 328 dias em órbita.
Em outubro, ela e a astronauta Jessica Meir, que também faz parte dos pré-selecionados para a missão Artemis, realizaram a primeira caminhada espacial 100% feminina. Koch retornou à Terra em fevereiro.
Koch é engenheira de formação, nasceu na Carolina do Norte e, antes de se tornar astronauta em 2013, desenvolvia instrumentos de ciência espacial e atuava na engenharia de campos científicos remotos. Ela iniciou sua carreira na Nasa no Laboratório de Astrofísica de Alta Energia do Goddard Space Flight Center (GSFC, na sigla em inglês).
Depois de uma temporada atuando como pesquisadora no Programa Antártico dos Estados Unidos, entre 2004 e 2007, ela voltou a atuar como engenheira eletricista Departamento Espacial do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins.
Em 2012, Koch continuou trabalhando em bases científicas remotas com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA). Ela serviu como engenheira de campo no observatório de linha de base da Divisão de Monitoramento Global da NOAA, em Utqiagvik, no Alasca e, em seguida, atuou como chefe de estação do Observatório da Samoa Americana.
A missão Artemis e a inclusão
De acordo com um comunicado da Nasa, a equipe de 18 astronautas deverá “ajudar a pavimentar o caminho para as próximas missões lunares, incluindo o envio da primeira mulher e do próximo homem a andar na superfície lunar em 2024.”
Além do tradicional logo da Nasa, o programa espacial contará o retrato da deusa grega Ártemis, que dá nome à missão. Segundo a Nasa, o retrato é desenhado sobre a lua crescente e seus traços são abstratos “para que todas as mulheres possam se ver nela”.
Além de levar a primeira mulher a pisar na lua, a missão também levará a primeira pessoa negra à Lua – a equipe usará tecnologias inovadoras para explorar a superfície lunar. Segundo a Nasa, parceiros comerciais e internacionais colaborarão com uma exploração sustentável pela primeira vez. E este será um primeiro passo para um salto ainda maior: enviar astronautas a Marte.
“Então, usaremos o que aprendemos na Lua e ao redor dela para dar o próximo salto gigante – enviar astronautas a Marte”, disse a Nasa em um comunicado.