Após um mês, o principal ponto de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, continua sem rampa de acesso, que foi levada por um desbarrancamento após o Rio Juruá secar em abril. A erosão ameaça ainda derrubar os galpões do porto, localizado no bairro Remanso.
Por isso, o Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre) diz esperar um laudo do Corpo de Bombeiros do Acre para demolir os dois galpões e construir a rampa. A previsão de entrega desse laudo, segundo o gerente do Deracre no município, Luciano Oliveira, é para a próxima semana.
“Os galpões são patrimônios públicos e precisamos do laudo para demolir. Acho que até semana é entregue e vamos construir a rampa lá”, argumentou.
Enquanto isso, os moradores precisam subir o barranco andando para chegar até a rua. No último dia 12, professores da Escola Visconde do Rio Branco, da Comunidade Olivença, zona rural da cidade, precisaram ‘escalar’ o barranco para chegar à rua. O grupo voltava de um planejamento no colégio quando começou a chover.
Para mostrar a situação, o professor Samuel Melo gravou um vídeo mostrando os colegas tentando subir o barranco.
“Essa é a realidade dos professores da [escola] Visconde. Saímos da escola e quando chegamos ao porto para subir e ir para casa foi nessa situação. Ainda falam que a gente não está fazendo nada, está só brincando em casa, que não está trabalhando, mas essa é a realidade que estamos vivendo. Olha só a dificuldade para subir o porto do governo”, criticou.