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Após 5 anos com aparelho quebrado, sala de radioterapia de Hospital do Câncer do AC volta a funcionar

Foto: Reprodução

Após cinco anos com aparelho quebrado, a sala de radioterapia da Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), anexo à Fundação Hospitalar do Acre, onde são tratados os pacientes com câncer, voltou a funcionar nesta terça-feira (25).


Com um único aparelho no estado, desde 2016 que a unidade não oferecia o serviço e os pacientes eram encaminhados para Porto Velho (RO) pelo Tratamento Fora do Domicílio (TFD). Com a retomada do serviço, a previsão é de que sejam feitos cerca de 600 atendimentos por ano no Acre.


No mês de janeiro, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) chegou a anunciar que os pacientes iriam voltar a fazer radioterapia no estado ainda naquele mês. Porém, o médico responsável pelo serviço de radioterapia na unidade, Melk Menezes Hadad, disse que houve problemas a estrutura física, umidade, refrigeração e outros embates.


“A sala é para pacientes paliativos e com doenças benignas, que não é câncer, mas precisam da radioterapia. Geralmente, são 50 a 70 pacientes por dia. Só que esse paciente fica na máquina uma média de 30 dias. Então, anualmente, temos uma média de 500 a 600 pacientes por ano”, destacou.


A reinauguração do setor de radioterapia contou com a presença do governador do estado, Gladson Cameli, o secretário estadual de Saúde, Alysson Bestene, e outras autoridades do Acre. Conforme Hadad, o aparelho de radioterapia custou, em média, R$ 9 milhões e a sala saiu por cerca de R$ 2,5 milhões.


“A maior notícia que podemos passar para o paciente. Não vai mais precisar sair do estado, vai poder tratar em casa e é uma máquina bem mais moderna do que a que tínhamos. A antiga tratava com apenas uma energia e essa trata com sete, trata camadas diferentes do corpo humano com mais exatidão e protegendo órgãos que não precisam de radiação”, concluiu.


Obra e falta de recurso

A reforma no Hospital do Câncer do Acre foi iniciada em maio de 2017 e estava orçada em mais de R$ 1,2 milhão. De maio a outubro daquele ano, quando a obra foi paralisada, somente 1,6% do cronograma foi cumprido.


Na época, a Sesacre informou que por várias vezes enviou ofícios ao Ministério da Saúde justificando a importância da continuidade no repasse de verbas para a conclusão da reforma do 1º pavimento da Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon).


Porém, segundo o órgão, todos os pedidos foram indeferidos. Por isso, ficou decidido que a construção fosse retomada com recurso próprio. A previsão, na época, era de que a obra na sala de radioterapia seria concluída até o segundo semestre de 2018.


Em 2019, na gestão de Cameli, a Sesacre iniciou uma reforma no local, além da contratação do profissional para executar o serviço e a substituição da peça do aparelho de acelerador linear.


Após esse trabalho, o Hospital do Câncer deu início aos processos de avaliação e comprovação do funcionamento do acelerador linear. Foi então que, esta semana, a CNEN autorizou o funcionamento do aparelho.


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