“Arco-íris não é possível aqui (em Marte)”, afirmou a Nasa na conta oficial robô do Perseverance no Twitter. “Arco-íris são criados pela luz refletida em gotículas de água redondas, mas não há água suficiente aqui para condensar e é muito frio para a água líquida na atmosfera. Esse arco é reflexo da lente”, apontou a agência.
Um arco-íris surge quando a luz do Sol atravessa as gotas de água no ar. Na Terra, são comuns após as chuvas. A luz do sol incide sobre as gotículas de água e ocorre a refração, que faz a luz do sol, que é branca, se decompor nas sete cores que compõem seu espectro: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.
Mas mesmo na Terra que tem as condições necessárias, os arco-íris nem sempre são observados, pois dependem do ângulo de incidência da luz nas gotículas de água na atmosfera e também da posição do observador.
Já o “flare” ou “lens flare” é um “defeito” na captação de uma imagem quando a luz entra pelas extremidades da lente das câmeras. O problema pode causar manchas de diferentes tipos, sendo mais comuns as circulares ou hexagonais.
Em 18 de fevereiro, pousou em Marte o robô Perseverance, sete meses depois de a missão ter partido dos Estados Unidos. Não é a primeira vez que a Nasa envia robôs ao planeta vermelho.
As missões anteriores constataram que, antes de se tornar um deserto gelado, Marte era quente o suficiente para abrigar oceanos de água líquida. A missão do Perseverance vai agora dar o próximo passo e tentar responder uma das grandes questões da astrobiologia: há sinais concretos de vida microbiana passada em Marte?
O robô também coletará amostras de rochas que serão trazidas à Terra no futuro e testará tecnologias pioneiras para uma eventual presença humana no planeta vermelho.