Rio Juruá segue acima da cota de transbordo e desabriga 23 famílias em Cruzeiro do Sul

O Rio Juruá segue acima da cota de transbordo, que é 14 metros, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, e desabriga 23 famílias. Neste domingo (18), o manancial marcou 14,03 metros. Segundo o Corpo de Bombeiros do município, o rio segue em vazante há dois dias. Contudo, segue acima dos 14 metros. A previsão é que ao menos seis mil famílias de 13 localidades estejam atingidas pela cheia.


Os desabrigados estão nos abrigos montados na Escola Padre Marcelino Champagnat, Escola Padre Cristóvão Freire Arnaud e Escola Maria Conceição. Há ainda as famílias que estão desalojadas, ou seja, foram levadas para casa de parentes, mas o número não foi divulgado.


Localidades atingidas


.Várzea
.Miritizal
.Lagoa
.Cruzeirinho
.Olivença
.Cobal
.Saboeiro
.Parte do Remanso
.Comunidade Praia Grande
.Ramal da Boca do Moa
.Estirão do Remanso
.Comunidade Florianópolis
.Comunidade Tapiri


Cheia histórica


O município teve uma cheia histórica que fez com que o prefeito da cidade, Zequinha Lima, decretasse situação “anormal”, que é de emergência nível dois, nas áreas atingidas pela cheia do rio e igarapés da região. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 23 de fevereiro deste ano.


O decreto levava em consideração o número de pessoas atingidas, 33 mil. No total, 250 pessoas chegaram a ser removidas de suas casas e levadas para abrigos, 3.952 foram para casas de familiares. Pelos menos 20 bairros e comunidades chegaram a ser atingidos. A prefeitura já tinha decretado situação de emergência no dia 15 do mesmo mês.


O manancial chegou à cota de 14,19 metros. A maior cota até então tinha sido registrada em 2017, quando o manancial chegou a 14,20 metros, neste ano ele superou a marca de 14,36 metros, esta foi considerada a maior cheia já registrada no rio Juruá.


130 mil atingidos por cheia de rios no AC


O Acre já teve quase 130 mil pessoas atingidas de alguma forma pela cheia dos rios na capital e no interior do estado em fevereiro deste ano. No total, dez cidades foram afetadas: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Jordão, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.


O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu, no último dia 22 de fevereiro, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o estado de calamidade pública em 10 cidades do Acre atingidas por inundações causadas pela cheia dos rios no estado.


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