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Operação prende suspeitos de invasão e tiroteio no AC que resultou na morte de homem

O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, em conjunto com a Polícia Militar, cumpre nove mandados judiciais contra suspeitos de envolvimento na invasão e ataque ao Conjunto Habitacional Cidade do Povo no último dia 4. A operação “Oppidum Populi” foi deflagrada nesse sábado (24) e segue em andamento nesta segunda-feira (26).


Ao todo, cinco pessoas já foram presas, segundo informou o promotor coordenador do Gaeco, Bernardo Albano. Entre os mandados, sete são de prisão e dois de busca e apreensão, que foram expedidos pela Vara de Delitos de Organização Criminosa


Conforme o MP, após trabalho investigativo, foram identificadas sete pessoas entre executores e mandantes do ataque.


Ataque


Um grupo de criminosos armados invadiu as ruas do bairro e efetuou vários disparos contra rivais. Eles gravaram o momento da invasão e o vídeo viralizou nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver vários homens armados correndo pela rua do bairro e são efetuados vários tiros. Na ação, Yuri Matheus de Lima Cavalcante, de 26 anos, foi morto e outras sete pessoas ficaram feridas.


Após os momentos de terror que os moradores da Cidade do Povo viveram, o Ministério Público do Acre instaurou uma investigação para cobrar a permanência de uma base da polícia no local.


Em janeiro de 2020, a Segurança Pública inaugurou uma base integrada no conjunto habitacional, que deveria funcionar de forma integrada entre as polícias Civil e Militar. O prometido era que 17 policiais militares ficariam disponíveis para atuar na base em regime de plantão. Após uma semana, uma denúncia feita por um ouvinte da rádio CBN Amazônia relatou que não havia a presença da Polícia Militar no local.


Na época, o subcomandante do 2º batalhão da PM, major Edvan Rogério, explicou à CBN que a PM faz atendimento no local no período de 7h às 13H e que os 17 policias estavam fixos para atendimento no conjunto.


Mais de um ano depois, o MP-AC instaurou uma notícia fato para apurar os motivos que levaram o governo a não manter a presença da PM-AC de forma fixa no conjunto habitacional. Em entrevista à Rede Amazônica Acre, o promotor Tales Tranin explicou que a base do 2º Batalhão da PM, responsável pelo policiamento no local, fica a mais de 10 quilômetros do conjunto.


O comandante do 2º Batalhão da PM-AC, major Rodolfo Velasquez, argumentou que foi designado um policiamento exclusivo para o conjunto habitacional, que seria uma rádio patrulha que atua todos os dias da semana e 24 horas por dia. Segundo ele, o 2º Distrito de Rio Branco tem cerca de 40 bairros e alguns sofrem mais com ação de criminosos.


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