Durante a manobra a OSIRIS-REx inseriu uma sonda a cerca de 50 cm de profundidade na superfície do asteroide e simultaneamente disparou uma carga de nitrogênio pressurizado, “chacoalhando” as rochas para coletar uma amostra. Ao se afastar do asteroide os propulsores da espaçonave também espalharam material da superfície, lançando rochas e poeira.
Nesta última órbita, a OSIRIS-REx fotografou Bennu por quase seis horas, cobrindo mais de uma rotação completa do asteroide, a uma distância de 3,5 km. Foram coletados cerca de 4 GB de dados, e serão necessários “vários dias” para transferi-los para a Terra.
Isso porque a OSIRIS-REx compartilha antenas da Deep Space Network com outras missões da Nasa, como a Perseverance, e só tem uma janela de quatro a seis horas por dia para transferir dados. Como o asteroide Bennu está a quase 300 milhões de km de nós, a velocidade de transferência é de apenas 412 Kilobits, pouco mais de 50 KB, por segundo. Mais lenta que uma conexão discada à internet.
Últimos “passos” da espaçonave no asteroide Bennu
A OSIRIS-REx ficará na vizinhança de Bennu até o dia 10 de maio, quando inicia sua jornada de dois anos para trazer as amostras do asteroide de volta à Terra. A chegada está prevista para o dia 23 de setembro de 2023.