Evo Morales admite derrota em segundo turno de eleições subnacionais bolivianas

Foto: Reprodução

O ex-presidente da Bolívia e chefe do Movimento pelo Socialismo (MAS), Evo Morales, admitiu nesta segunda-feira, 12, a derrota de seu partido nas eleições de segundo turno realizadas no dia anterior para definir os governadores dos departamentos de Chuquisaca, La Paz, Pando e Tarija. A informação é do jornal El Deber, de Santa Cruz de La Sierra.


“Os resultados deixam muito a desejar. Espero que possamos vencer em um, mas acho que perdemos nos quatro departamentos no segundo turno”, disse Morales na comemoração do 35º aniversário da Federação Única de Centrais Unidas, uma das organizações de produtores de coca do Trópico de Cochabamba.


O ex-presidente antecipou que após os resultados das eleições deste domingo será feita “uma avaliação emergencial” sobre o desenvolvimento do seu partido nestas eleições.


“Hoje temos três governadorias e a direita seis. Que vamos avaliar profundamente. Por quê? O que aconteceu? O que há para fazer? Isso é uma responsabilidade ”, afirmou o ex-governante.


Anteriormente, a prefeita eleita de El Alto, Eva Copa, havia destacado que o MAS “deve entrar em uma fase de autocrítica” porque as bases do partido e da cidade onde ela reside não permitirão “nem abusos nem manipulação”. A renovação, segundo a futura autoridade, deve fazer parte da análise do partido no poder.


A contagem oficial das eleições já ultrapassou os 50% nos quatro departamentos onde ocorreu o segundo turno. Em nenhuma dessas regiões o MAS tem possibilidade de chegar ao governo, embora dirigentes e candidatos aguardem o voto rural.


No departamento de Pando, na fronteira com o Acre, o governador eleito foi Regis Germán Richter Alencar, o “Papito”, médico de profissão e, atualmente, prefeito do município de Porvenir.


Em dezembro do ano passado, ele disputou com seu adversário nessas eleições, o fazendeiro Miguel Becerra, a indicação para representar o MAS no pleito. Depois de não conseguir o sinal verde de Evo Morales para sua candidatura, Richter deixou o partido e concorreu a governador pelo Movimento do Terceiro Sistema (MTS).


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