Os profissionais de saúde envolvidos nesse inescrupuloso esquema dizem ao parente do paciente que determinado medicamento está em falta no hospital; a família, desesperada, se esforça ao máximo para pagar qualquer preço pela suposta medicação.
A quadrilha já vem sendo investigada há algumas semanas pela direção do Into. Neste sábado (3), o diretor técnico do Instituto de Traumatologia do Acre (Into), doutor Hilton Pichelli, disse com exclusividade ao Site que os bandidos agem principalmente nos finais de semana e feriados, justamente porque nesses dias fica mais difícil conseguir informação, e também muitos tipos de medicamentos.
“Estamos investigando essa quadrilha há uns quinze dias e, na próxima semana já iremos acionar a polícia para tentar prender esses criminosos”, disse Pochelli.
O médico contou a reportagem que ficou indignado ao descobrir o esquema. “Este é um momento em que todos precisam ajudar uns aos outros, um momento que está sendo muito triste e difícil para milhares de famílias. Estou chocado com tanta desumanidade e crueldade. Como podem fazer esse tipo de coisa com famílias que estão desesperadas, maioria delas sem condições financeira? Um verdadeiro absurdo”, comentou Pochelle.
O médico recomendou que se alguém pedir para algum familiar comprar medicamento para paciente internado no Into, que não compre a medicação e procure imediatamente a direção do Hospital. “Até o momento não faltou nenhum medicamento aqui no Into. Se alguém pedir que os parentes comprem alguma medicação, por favor, entrem em contato com a direção”, avisa.