Com vazante do Rio Juruá, desbarrancamento compromete porto de Cruzeiro do Sul

Foto: Glédisson Albano/Rede Amazônica Acre

Com a vazante do Rio Juruá, no interior do Acre, os prejuízos causados pela alagação começaram a surgir em Cruzeiro do Sul. Uma erosão ameaça derrubar os galpões do principal porto da cidade, que fica no bairro Remanso.


O manancial passou quatro meses acima da cota de alerta, que é de 11,80 metros. A enchente chegou a atingir 33 mil pessoas de diversas localidades do município.


Uma equipe da Rede Amazônica Acre esteve no local e mostrou a situação atual. A erosão vem comprometendo toda a estrutura do porto.


A margem do rio ficava a mais de 50 metros dos galpões, mas, com o desbarrancamento, esses prédios estão a ponto de serem levados.


O rio já levou a rampa de acesso e toda a estrada. O porto é http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrado pelo Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre). O gerente do órgão no município, Luciano Oliveira, informou que uma nova rampa vai ser construída no local.


“As medidas que vão ser tomadas agora são emergenciais, vamos fazer a remoção dos dois galpões porque se não fizer vamos perdê-los para as águas e vamos fazer uma rampa de acesso. Aquele porto foi feito em uma área inadequada. Vamos fazer um planejamento para fazer uma ação diferente. Podemos até transferir o porto para outro local”, destacou.


Erosão já levou rampa de acesso e estrada do porto  — Foto: Glédisson Albano/Rede Amazônica Acre

 Foto: Glédisson Albano/Rede Amazônica Acre


Cheia histórica

O município teve uma cheia histórica que fez com que o prefeito da cidade, Zequinha Lima, decretasse situação “anormal”, que é de emergência nível dois, nas áreas atingidas pela cheia do rio e igarapés da região. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 23 de fevereiro deste ano.


O decreto levava em consideração o número de pessoas atingidas, 33 mil. No total, 250 pessoas chegaram a ser removidas de suas casas e levadas para abrigos, 3.952 foram para casas de familiares. Pelos menos 20 bairros e comunidades chegaram a ser atingidos. A prefeitura decretado situação de emergência no dia 15 do mesmo mês.


O manancial chegou à cota de 14,19 metros. A maior cota até então tinha sido registrada em 2017, quando o manancial chegou a 14,20 metros, mas em 2020 ele superou a marca de 14,36 metros, esta foi considerada a maior cheia já registrada no rio Juruá.


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