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Chacina: 3 são mortos por asfixia e 1 a golpes de terçado

Uma chacina brutalmente violenta deixou 4 homens, ainda não identificados, mortos e com sinais de tortura. Os corpos foram enterrados dentro de uma espécie de porão. O crime aconteceu na manhã desta quinta-feira (29), no ramal do SUDAM, situado no Km 37 da rodovia AM-010, no município de Itacoatiara, interior do Amazonas.


De acordo com Tenente Coronel Beckman, do 2º Batalhão de Policiamento Militar de Itacoatiara (BPM), as investigações sobre o caso tiveram início com a apresentação de uma 5ª vítima, que sobreviveu à chacina, e conseguiu chegar até a unidade policial para denunciar a tentativa de homicídio que havia sofrido.


Ainda segundo a PM, o sobrevivente -que não teve o nome divulgado- relatou que outras quatro vítimas haviam sido assassinadas e torturadas, além de terem sido enterradas no ramal onde o crime aconteceu. O denunciante informou, ainda, que a chacina foi consequência de um acerto de contas entre traficantes de drogas daquele município.


“Esse sobrevivente se fingiu de morto durante o ataque para depois conseguir fugir. De posse das informações, nós automaticamente acionamos a Polícia Civil, além do Instituto Médico Legal (IML) para fazer a remoção dos corpos que seriam encontrados”, disse o tenente coronel do 2º BPM.


As buscas pelos cadáveres duraram toda a manhã e a tarde desta quinta-feira (29) e por volta das 17h os quatro corpos finalmente foram achados dentro de uma vala, uma espécie de depósito que era usado pelos traficantes no local para possivelmente esconder material ilícito.


Circunstâncias

O Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) esteve dando início ao processo de perícia ainda na cena do crime, e no local encontrou os quatro cadáveres jogados um por cima do outro. Três das vítimas foram assassinadas por asfixia, com uma corda no pescoço, e a quarta vítima foi executada com golpes de terçado.


Tenente Coronel Beckman destacou que a 5ª vítima também foi jogada na mesma vala onde os outros quatro cadáveres foram encontrados. O homem se fingiu de morto e esperou que os assassinos fugissem do local para poder sair da cova onde havia sido jogado.


“Esse homem nos procurou completamente machucado por perfurações de prego. Os ferimentos foram causados pelas tentativas da vítima de arrombar a tampa de madeira que trancava o buraco onde estava preso. A tampa concentrava inúmeros pregos, que perfuraram o corpo do homem até que ele conseguisse sair e fugir”, contou o PM.


Investigações

O delegado Lázaro Mendes, da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Itacoatiara, destacou que o processo de investigação teve início ainda na cena da chacina, que trata-se de um sítio com um pequeno casebre dentro do ramal.


Durante a varredura policial, a Polícia Civil percebeu que a cova onde as vítimas foram jogadas funcionava na verdade como depósito de entorpecentes que eram vendidos pela quadrilha assassinada no local.


Ainda segundo a Polícia Civil, todos os quilos de drogas que estavam armazenados no esconderijo do sítio foram levados pelos assassinos após as execuções.


O Instituto Médico Legal (IML) realizou a remoção dos corpos, que foram trazidos para a sede do DPTC em Manaus, na capital do Amazonas. Familiares dos mortos acompanharam a chegada dos cadáveres na unidade.


Nota da SSP-AM sobre mortes em Itacoatiara

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informa que, na manhã desta quinta-feira (29/04), a Polícia Militar e a Polícia Civil de Itacoatiara encontraram os corpos de quatro homens enterrados em uma cova em um sítio no ramal do Sedan, no KM 37 da AM-010.


Segundo as investigações, os homens integravam um bando criminoso ligado ao tráfico de drogas e teriam sido mortos após o desaparecimento de cerca de uma tonelada de entorpecentes que pertenciam ao líder do grupo.


Pela manhã, o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Coronel Louismar Bonates, determinou o envio de equipes policiais de Manaus para auxiliar na investigação do caso. Dois outros homens sobreviveram ao ataque, que ocorreu na madrugada.


O caso está sendo investigado.


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