São Paulo – O Brasil registrou, nas últimas 24 horas, 3.076 mortes decorrentes da covid-19, com 71.137 casos oficiais. O país chega agora a 389.492 óbitos pela doença desde o início da pandemia, segundo números do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).
A média móvel de mortes é de 2.545, e desde 17 de março a média supera os 2 mil óbitos diários. A RBA utiliza informações fornecidas pelas secretarias estaduais, compiladas pelo Conass. Elas podem divergir do informado pelo consórcio da mídia tradicional eventualmente pelo horário em que os dados são repassados pelos estados aos veículos.
Redução de investimentos na saúde
Mesmo em plena crise sanitária, o governo de Jair Bolsonaro reduziu de R$ 524 bilhões para R$ 103 bilhões a previsão de gastos extraordinários contra os efeitos da pandemia de covid-19. “Os valores foram confirmados nesta sexta-feira (23) pelo secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, durante entrevista no Palácio do Planalto sobre o Orçamento de 2021”, informa o jornal O Globo.
O Orçamento prevê a retirada de R$ 2,2 bilhões do Ministério da Saúde, comprometendo programas de adequação de sistemas tecnológicos, iniciativas de pesquisa e desenvolvimento, manutenção de serviços laboratoriais, assistência farmacêutica e construções de sedes regionais da Fiocruz.
Rejuvenescimento da pandemia de covid-19
O boletim do Observatório Fiocruz Covid-19, divulgado na sexta-feira (23) mostra que houve um aumento de 1.081,82% no número de mortes de jovens entre 20 e 29 anos causadas pelo novo coronavírus em 2021.
O levantamento compara a semana epidemiológica (SE) 1, período que vai de 3 a 9 de janeiro, com a semana epidemiológica 14, compreendida entre 4 e 10 deste mês. No segmento entre 40 e 49 anos houve o maior crescimento do número de casos: 1.173,75% entre uma e outra semana. O grupo também teve alta no número de mortes, com 933,33%.
“O acometimento de casos graves, mesmo em populações mais jovens, mantém a pressão sobre serviços hospitalares, já sobrecarregados pela demanda de internação das semanas anteriores. Os recursos hospitalares, de insumos e de profissionais de saúde, se encontram em nível crítico, o que pode causar um aumento da desassistência de saúde, comprometendo, inclusive, o atendimento de outras doenças”, avalia a Fiocruz.