O corpo de Luciana Lima de Matos foi encontrado na tarde desta quinta-feira (15), em uma área de mata de um ramal no km 44 da BR-364, no município de Senador Guiomard, no interior do Acre.
Segundo informações de familiares, a vítima veio do estado do Mato Grosso para visitar uma irmã que mora no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco. A mulher estava desaparecida desta a última segunda-feira (12) e o celular dela estava desligado. Além disso, ela não conhecia ninguém na capital.
Ainda nesta quinta-feira, o cunhado de Luciana Lima, Diego Marques Pereira, 30 anos, confessou o crime e foi preso. Segundo a polícia, ele era foragido de Rondônia e tinha um mandado de prisão em aberto por outro crime. O homem é membro da facção Bonde dos 13 e chegou a ser agredido pelos membros da facção após matar Luciana.
O acusado relatou à polícia que no domingo (11) estava em uma confraternização com a família com a esposa, que é a irmã de Luciana, e a vítima. À noite, a esposa de Diego foi dormir, mas o homem e Luciana continuaram bebendo.
Diego conta que aproveitou que estava sozinho com Luciana e decidiu matar a vítima. Após o crime, ele enrolou o corpo em um lençol e colocou dentro do próprio carro. O homem levou o cadáver da vítima para um ramal no km 44 da BR-364 e desovou a mulher seminua e com várias marcas de golpes de facas pelo corpo.
À polícia, o acusado disse que voltou para casa na madrugada de segunda-feira (12) e agiu como se nada tivesse acontecido. Pela manhã, a esposa teria sentido falta da irmã e perguntou a Diego onde ela estava e ele disse que não sabia.
De acordo com a polícia, a esposa do acusado disse ter desconfiado que o marido tivesse feito algo com a irmã, pois Diego estava arranhado com marca de unhas e dentro de uma bolso estava o lençol sujo de sangue.
Ainda na segunda-feira, Diego fugiu de carro e se escondeu no Ramal do Pica-Pau. Ele resolveu voltar para casa na Cidade do Povo somente nesta quinta-feira (15), e ao chegar na residência foi abordado por membros da facção criminosa Bonde dos 13, que domina a região.
Diego disse à polícia que foi agredido pelos criminosos e, sob muita pressão, disse aos faccionados o que aconteceu e que já estava sabendo que seria condenado à morte pelo Tribunal do Crime Organizado.
Para não ser morto, ele resolveu dizer onde Luciana foi desovada e, em seguida, os bandidos entregaram Diego aos moradores da região e pediram que a Polícia Militar fosse acionada para o acusado confessar o crime e dizer onde estava o corpo da vítima.
A PM levou o homem até o local onde ele disse que o corpo estava e a área foi isolada para os trabalhos da perícia. Agentes do Instituto Médico Legal (IML) recolheram o corpo e levaram para a sede, onde serão realizados os devidos exames cadavéricos.
Após ter dito onde estava o corpo, o homem foi levado até a UPA da Cidade do Povo, onde recebeu os primeiros atendimentos e depois foi encaminhado para a Delegacia de Flagrantes (Defla), onde foi apresentado e formalizado a autoria do homicídio de Luciana. Agora Diego está a disposição da Justiça.
O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).