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Perícia faz reconstituição de acidente entre motos aquáticas que matou jovem no Acre

Reprodução simulada do acidente que matou Maicline Borges ocorreu nesta terça-feira (9) — Foto: Rafael Teixeira/Arquivo pessoal

Após a Câmara Criminal conceder limar que derrubou o adiamento da reconstituição do acidente entre motos aquáticas que matou a jovem Maicline Borges, em janeiro de 2019, a perícia fez a reprodução simulada no Rio Acre, nesta terça-feira (9), em Rio Branco. O laudo deve sair em até 30 dias, segundo informou o advogado da família da vítima, Rafael Teixeira.


A reprodução começou pela manhã e encerrou já durante a tarde, e contou com a presença dos três envolvidos no acidente, o médico Eduardo Velloso, o empresário Otávio Costa e a irmã de Maicline, Hinauara Borges.


“Começou e finalizou com tudo tranquilo e, agora, esperar o laudo dos peritos. Os peritos ouviram a versão de cada um. Acredito que deu para tirar o que ficou de dúvida para o promotor decidir o que ele vai denunciar. Agora, é esperar o laudo e que esse seja mais esclarecedor para dar um parâmetro melhor para o promotor”, disse Teixeira.


Depois de determinar o retorno do inquérito que investiga a morte para a Polícia Civil, a 2ª Vara do Tribunal do Júri tinha marcado a reconstituição para o dia 4 de março, mas acabou aceitando o pedido da defesa do médico Eduardo Velloso e adiou a reprodução simulada do acidente, por causa da pandemia. Porém, o Ministério Público Estadual recorreu e a Câmara Criminal manteve a reprodução.


O advogado de Velloso, Arquilau Melo disse que também aguarda o laudo para que possa se manifestar.


“A gente tem que aguardar esse laudo chegar ao Poder Judiciário para poder se manifestar. Por enquanto isso, a gente não pode questionar. Temos que aguardar como ele viu o acontecimentos e que versão vai ser dada ao juiz, se estaremos de acordo ou teremos alguma objeção”, disse.


O G1 não conseguiu contato com a defesa do empresário Otávio Costa.


Perícia deve fazer nova leitura do acidente — Foto: Rafael Teixeira/Arquivo pessoal

Perícia deve fazer nova leitura do acidente — Foto: Rafael Teixeira/Arquivo pessoal


Acidente

A Justiça havia solicitado a reconstituição ainda no ano passado, após pedido do Ministério Público.


A jovem morreu no dia 12 de janeiro de 2019 após ter a perna arrancada durante um acidente entre duas motos aquáticas na região da Quarta Ponte, no Rio Acre, em Rio Branco. O inquérito do caso foi concluído em abril do mesmo ano e indiciou o médico Eduardo Velloso por homicídio culposo e lesão corporal. Mas, o MP pediu que fosse feita a reconstituição.


Em maio de 2020, a Polícia Civil informou que o caso já tinha sido concluído e encaminhado ao Judiciário. E, na época, alegou que estava prevista uma reconstituição do caso, mas, como o nível das águas do Rio Acre estava baixo, a perícia explicou que não seria possível realizar a reconstituição.


Maicline teve a perna arrancada após condutor de moto aquática fazer manobra de 'cavalo de pau' e perder controle do veículo — Foto: Reprodução/Facebook

Maicline teve a perna arrancada após condutor de moto aquática fazer manobra de ‘cavalo de pau’ e perder controle do veículo — Foto: Reprodução/Facebook


Inquérito concluído

Na época, o delegado responsável pelo caso, Karlesso Néspoli, explicou ao G1 que indiciou apenas o médico pelo crime, porque, segundo ele, foi o médico quem bateu na moto aquática do empresário Otávio Costa, que estava com a vítima, e não o contrário.


A versão que a irmã da vítima deu, logo após o acidente, era outra. Na época, Hinauara Borges afirmou que a moto do empresário é que havia colidido contra a do médico, após uma manobra perigosa, conhecida por cavalo de pau.


“A moto do Eduardo, fizemos perícia, e o bico dela bateu na lateral do jet ski do Otávio. Veio de lateral e bateu. A perícia constatou e uma testemunha ribeirinha que mora no local falou que o acidente foi do outro lado do rio. Foi como se tivesse em um carro em uma direção e depois fosse para a contramão”, revelou o delegado na época.


Em depoimento, a irmã de Maicline Borges falou que o empresário Otávio Costa, estava em alta velocidade e foi em direção à moto aquática do médico, que estava com ela. Segundo a jovem, Velloso teria encostado para dar espaço para o empresário quando viu que ele fazia um cavalo de pau. Ainda de acordo com a versão da jovem, Otávio Costa perdeu o controle do veículo e bateu na moto aquática que ela estava com o médico. Porém, a polícia relatou que a perícia não confirmou a versão dada por ela.


“A perícia constatou que o Eduardo não estava parado. O ribeirinho também viu parte da situação. Não conseguimos evidenciar, na mesma hora que ela fala que o Otávio fez uma manobra arriscada também fala que o Eduardo estava parado, e constatamos que não estava. O ribeirinho falou que os dois estavam andando”, rebateu Néspoli.


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