Marilyn Hartman passou 500 dias na cadeia, onde foi diagnosticada com transtorno bipolar — e agora está recebendo tratamento
Uma “passageira clandestina em série” finalmente teve seu truque descoberto. Marilyn Hartman, de 69 anos, embarcou em pelo menos 30 voos sem comprar passagem — e às vezes até sem passaporte — entre 2002 a 2018, para destinos como Copenhague, Paris, Las Vegas e Londres. A vovó chegou ao noticiário após escapar da segurança do Aeroporto Internacional O’Hare, em Chicago, para embarcar em um voo com destino a Londres. Ela conseguiu enganar a equipe de solo e embarcou em um avião da British Airways para o Aeroporto de Heathrow, mas foi detida assim que chegou ao Reino Unido.
Segundo a CBS News, Hartman foi acusada de roubo e contravenção por invasão criminosa. Ela foi liberada após pagar fiança, mas foi presa novamente pelo mesmo crime, sendo mantida sob custódia e acusada de roubo, invasão e violação de liberdade condicional.
Marilyn Hartman: você suspeitaria dessa senhorinha? (Foto: Polícia do Condado de Cook)
“Táticas” para embarcar sem pagar
Marilyn Hartman passou 500 dias na cadeia, onde foi diagnosticada com transtorno bipolar — e agora está recebendo tratamento. Falando sobre sua estadia na prisão, ela revelou que uma de suas táticas para passar despercebida era fingir estar acompanhada de outro passageiro na mesma viagem.
“Nunca consegui embarcar em um avião por conta própria. Sempre me deixaram passar. Quer dizer, conseguia passar pela fila de segurança sem um cartão de embarque”, disse ela. “Eles me deixavam passar, essa é a coisa mais louca. Eu seguia algum funcionário que estivesse carregando uma mala azul. E então, eu entrava na fila e eles pensavam que eu estava com o cara da mala”.
Prisão da passageira clandestina
No entanto, ela também fez várias tentativas fracassadas, resultando em várias prisões e tornou-se conhecida entre os funcionários de segurança do aeroporto, que transmitiam ‘avistamentos de Marilyn’ pelo rádio.
Câmeras do aeroporto registraram ação de Marilyn Hartman (Foto: NBC)
Durante um dos processos judiciais, os promotores alegaram que Hartman usou seu cabelo para esconder o rosto e passou por dois agentes federais que estavam verificando os cartões de embarque. Ela primeiro tentou embarcar em um avião para Connecticut, mas foi parada e aconselhada a aguardar sentada, mas tentou “dar a volta” em outro passageiro na fila, disse a promotora assistente Maria McCarthy ao tribunal.
Hartman então embarcou em um ônibus para o Terminal Internacional e dormiu lá durante a noite. No dia seguinte, ela conseguiu passar por agentes de passagens da British Airways e um oficial da Alfândega e da Patrulha de Fronteiras e entrar em um avião. Ela se sentou em uma cadeira vazia e só foi pega quando mostrou seus documentos a um agente da alfândega, disse McCarthy.
Gênio do crime ou bipolar?
Marilyn Hartman é sem-teto e afirma não ser um “gênio do crime”, como alguns alegam. Segundo relatórios, ela já conseguiu viajar para Londres, Copenhague e Paris sem ter passagens e, às vezes, nem passaporte.
Ela afirma que suas viagens clandestinas só foram possíveis explorando falhas dos funcionários dos aeroportos. Em uma declaração ao The Guardian, em 2018, a senhora afirmou ter sido vítima de uma conspiração mundial liderada por Barack Obama.
Hartman está atualmente sob fiança, com uma tornozeleira eletrônica, e deve voltar ao tribunal em breve. Mas ela tem esperança de que seus remédios para a bipolaridade a impeçam de tentar embarcar em mais voos ilegalmente. “Quero a oportunidade de me desculpar com as pessoas que magoei”, disse ela. Com informações do The Sun