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No pior momento da pandemia, Acre chega a 1 mil mortes causadas pela Covid-19

Foto: Michael Dantas/AFP via Getty Images

O Acre ultrapassou neste segunda-feira (1º) as 1 mil mortes causadas pela Covid-19. Os números representam mais do que dados: são vidas perdidas e milhares de familiares, amigos e colegas de luto.


A marca trágica é atingida enquanto o Acre vive o pior momento desde o início da pandemia no estado, com número de casos aumentando, falta de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e médicos exaustos na luta contra a doença.


Mesmo com a situação em que o Acre está, algumas atividades foram reabertas com algumas medidas, com lockdown decretado aos fins de semana. Enquanto isso, os números seguem aumentando.


No dia 6 de abril do ano passado, o Acre registrou a primeira morte por Covid-19. A aposentada Antônia Holanda, de 79 anos, faleceu em Rio Branco após seguidas paradas cardíacas. A família relatou que não suspeita que a idosa havia sido infectada.


De 6 de abril até agora, 1.012 pessoas morreram vítimas da doença no Acre. Para ultrapassar as 1 mil, 14 mortes foram registradas nesta segunda-feira.


O número de casos segue aumentando: 360 foram registrados nesta segunda-feira. Assim, o número de infectados subiu para 57.894. As informações constam no boletim da Secretaria de Saúde do Acre.


Até o momento, o Acre registra 158.104 notificações de contaminação pela doença, sendo que 99.698 casos foram descartados e 512 exames de RT-PCR seguem aguardando análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen) ou do Centro de Infectologia Charles Mérieux. Pelo menos 46.682 pessoas já receberam alta médica da doença, enquanto 325 pessoas seguem internadas.


Os números no Acre são preocupantes e cresceram mais em fevereiro. Além disso, o risco de outras variantes que são mais infecciosas chegarem ao estado é grande, com várias pessoas viajando para lugares onde a situação também não é boa.


Com a saúde em colapso, o governo do Acre tenta fazer com que a situação não piore mais ainda. No domingo (28), o ministro Eduardo Pazuello (Saúde), em conversa com o governador Gladson Cameli, confirmou o envio de médicos para os municípios por meio do Programa Mais Médicos.


“O ministro prontamente já articulou para o chamamento dos profissionais, que em breve estarão em solo acreano atendendo nossa população“, ressalta Gladson, que testou positivo para Covid-19 na tarde desta segunda-feira.


A expectativa é que até o dia 8 de março o Ministério da Saúde irá anunciar o quantitativo que será enviado para os municípios que mais necessitam.


O secretário Alysson Bestene (Saúde), anunciou, através de nota, que mais 40 leitos seriam disponibilizados no Hospital do Idoso para atender pacientes com Covid-19, e que o estado contratou profissionais, não só para capital, mas para o interior.


“As equipes de saúde se revezam em plantões de 12h e muitos destes profissionais estão na linha de frente do atendimento às pessoas desde o início da pandemia.


Mesmo trabalhando em escalas e quantitativos adequados às normativas profissionais, não há como não estarem cansados. A condição de desgaste gerado na pandemia é diferente de tudo que já vivenciaram na Saúde.


O sofrimento gerado, familiares e amigos (quando não os próprios trabalhadores) infectados, alguns de forma grave e até irreversível, também afetam os trabalhadores das unidades. A todos eles rendemos nosso respeito e homenagem todos os dias”, disse o secretário.


Mesmo em ritmo lento por conta das poucas doses, a vacinação segue no estado. Até esta segunda, 20.151 pessoas já foram vacinadas contra a Covid-19 no Acre. O estado aplica os imunizantes da Oxford-AstraZeneca e CoronaVac. Os dados são do Portal de Informações sobre o combate à Covid-19.


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