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Municípios atingidos por cheia no Acre recebem 2 mil cestas básicas da Campanha Brasil sem Fome

A campanha é realizada pela ONG Ação da Cidadania, a mesma que realiza o Natal Sem fome, e começou no dia 18 de fevereiro para atender famílias afetadas pela pandemia e, no Acre, com os efeitos das cheias.


As cidades de Rio Branco, Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Marechal Taumaturgo, Porto Walter e Mâncio Lima são as beneficiadas. Em Rio Branco as doações foram concluídas no Bairro Da Paz, Sapolândia, Amapá, Papoco, Base e Taquari. Ações continuam no interior do estado.


O Acre enfrenta uma situação de emergência pública diante da alta no número de casos de Covid-19, do surto de dengue e da crise humanitária na fronteira e ainda a cheia dos rios, que ainda desabriga famílias. Esses eventos vêm afetando milhares de pessoas no estado, que está diante de um dos momentos mais críticos de sua história.


As cestas entregues têm o objetivo de minimizar a carência alimentar destas famílias que perderam tudo.


“A gente quer tentar de alguma forma, ao longo deste ano, prover para vocês algum tipo de alento, enquanto o auxílio emergencial não vem”, disse o diretor-executivo da Ação Cidadania, Rodrigo Kiko.


O trabalho é feito por meio de ações de voluntários e de doações arrecadadas através da campanha e deve levar ajuda a todos os estados brasileiros.


“Estamos nesta luta para tentar minimizar esse impacto das famílias em todos os estados do Brasil. Estamos com a campanha Brasil sem Fome, acabamos de lançar, e deve atender todos os estados, como fazemos com o Natal sem Fome. É com essa campanha que estamos chegando à região Norte com 80 toneladas de alimentos destinados aos estados do Amazonas, Pará e Acre. Queremos chegar a muito mais estados, o mais rápido possível e por isso estamos reforçando a campanha”, acrescentou.


Entregas ocorrem no interior do Acre — Foto: Janaína Christina/Asscom

Entregas ocorrem no interior do Acre — Foto: Janaína Christina/Asscom


Outras campanhas prestam auxílio no estado

Amigos Solidários – O Grupo Amigos Solidários também iniciou uma campanha para ajudar a população atingida pelas enchentes. Há mais de 40 voluntários envolvidos e atuam na capital e no interior do estado.


O policial militar e ativista Derineudo Souza explicou que os interessados em ajudar podem deixar as doações nas casas dos voluntários ou ligar que eles vão buscar.


Dia Feliz e Olhar Diferente – Os projetos Dia Feliz e Olhar Diferente se juntaram para arrecadar alimentos, roupas, sapatos, água potável, ração e diversas outras doações.


As doações podem ser feitas pelas redes sociais dos dois projetos. Soyara Guimarães, do Projeto Dia Feliz, disse que foram doadas cestas básicas para moradores dos bairros Sapolândia, Paz, em Rio Branco. Já essa semana serão levadas para Sena Madureira, no interior.


SOS Acre – Em menos de duas semanas desde que foi lançada e ecoando por todo país o pedido de apoio humanitário, a Campanha “SOS Acre” arrecadou mais de R$ 1,1 milhão em doações para a população afetada pelas cheias dos rios no estado, até quinta-feira (4). A inciativa, do Ministério Público do Acre (MP-AC) e parceiros, mobilizou doações de mais de 5,8 mil apoiadores de todo Brasil.


Conforme balanço divulgado do MP, 14.250 pessoas afetadas pelas cheias dos rios, já receberam ajuda por meio da campanha. Ao todo foram arrecadados R$ 1.198.260,68 doados por 5.806 apoiadores.


Greenpeace – Uma equipe do Greenpeace Brasil sobrevoou cidades atingidas pela cheia no Acre, no final de fevereiro, e fez a entrega 1 tonelada e meia de alimentos, distribuídos para 58 famílias do Amazonas e do Acre.


Cheia dos rios afetou centenas de pessoas em todo Acre — Foto: Juan Diaz/Arquivo pessoal

Cheia dos rios afetou centenas de pessoas em todo Acre — Foto: Juan Diaz/Arquivo pessoal


Calamidade pública


O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu, no último dia 22, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), estado de calamidade pública em dez cidades do Acre atingidas por inundações.


Os municípios de Rio Branco, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Feijó, Tarauacá, Jordão, Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves enfrentaram dificuldades, com parte da população desabrigada (encaminhada a abrigos) e desalojada (levada para casa de parentes).


O governador do Acre, Gladson Cameli, havia decretado calamidade em uma edição extra do Diário Oficial do estado (DOE) também no dia 22. A cheia é considerada histórica.


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