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Mesmo com 19 pessoas na fila de UTI, famílias do Acre não querem enviar pacientes para Manaus

Foto: Reprodução

Mesmo com 19 pacientes em estado grave de Covid-19 na fila de espera por uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Acre, famílias procuradas pela central de regulação ambulatorial resistem em não enviar seus entes queridos para tratamento fora do domicilio (TFD).


A informação foi confirmada pela coordenadora da central de regulação, Ana Cristina Moraes, durante entrevista ao sistema público de comunicação na manhã de hoje (19).


Das seis vagas reguladas junto ao Ministério da Saúde, apenas cinco pacientes serão transferidos em avião da Força Área Brasileira (FAB) que pousa às 11 horas desta sexta-feira, 19, no Aeroporto Internacional Plácido de Castro, em Rio Branco.


“As famílias alegam a distância que vão ficar dos seus entes queridos e temem pela falta de informações. Desde que o governador Gladson Cameli se envolveu pessoalmente para conseguir as vagas que temos uma luta diária para convencer as famílias dos pacientes e conseguir autorização para regulação”, disse Cristina.


A coordenadora assegura que o trabalho para regulação dos pacientes é feito junto com “com muita responsabilidade”, mas, mesmo assim, após uma autorização primária, as famílias desistem da remoção. Psicólogos e assistentes sociais enfrentam dificuldades.


A logística envolve dados clínicos que são analisados pela Força Nacional para analises das condições de transportes do paciente. “Acontece depois de todo esse trabalho, com paciente aprovado pela Força Nacional para transportar, ocorre desistência e isso atrasa o trabalho de salvar vidas”, comentou Cristiane.


Ainda de acordo Cristina, pacientes intubados estão recebendo negativas para a transferência. “A resistência ocorre tanto para Manaus como para Cruzeiro do Sul” esclareceu.


“Temos esclarecido que o Estado atingiu sua capacidade máxima de ocupação de leitos UTI e que os pacientes precisam da internação. Existem critérios clínicos e médicos por assistentes do Acre, da Força Aérea Brasileira e de médicos do Amazonas”, esclareceu.


Uma logística foi preparada para a transferência na manhã de hoje de cinco pacientes para Manaus. Com o TFD vai diminuir para 14 o número de pessoas que aguardam por um leito de UTI.


Cristina destacou que o esforço do governo na abertura da UPA do Segundo Distrito como referência para a Covid-19, os 40 leitos abertos no Hospital do Idoso, estabilizou o acesso de pacientes em leitos clínicos.


“Hoje a situação é tranquila para regulação de leitos clínicos, mas, não devemos baixar a guarda, temos que redobrar os cuidados sanitários para evitar mais infectados e, consequentemente, mais internações” disse a coordenadora.


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