A capital acreana, Rio Branco, registrou uma inflação de 1,05% em fevereiro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado nessa quinta-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice ficou acima do percentual médio do país, de 0,86%, e foi o quarto mais alto entre as 16 capitais em que o IBGE mede a variação da inflação. A capital acreana ficou atrás apenas de Fortaleza (1,48%), Belém (1,41) e Brasília (1,18%). No acumulado de 2021, Rio Branco tem um índice de 7,42%.
De acordo com o IBGE, o índice tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias. Segundo os dados, a taxa de fevereiro é maior que a registrada no mês anterior, que foi de 0,44%.
Alta em 8 dos 9 grupos pesquisados
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram avanço nos preços em fevereiro.
Os dados apontam que a maior variação e o maior impacto no índice do mês, com aumento de 0,45 pontos percentuais, veio dos transportes (2,03%). Na sequência, aparecem os grupos da saúde e cuidados pessoais, cujo impacto foi de 0,23 pontos percentuais.
Conforme o IBGE, o resultado dos transportes foi influenciado pela alta nos preços dos combustíveis (6,08%). A gasolina (6,48%), individualmente, contribuiu com 0,36 pontos percentuais, ou cerca de 34% do índice do mês. Além disso, o preço do óleo diesel (2,95%) também subiu.
O grupo alimentação e bebidas desacelerou frente a janeiro. Já vestuário, que havia recuado 0,48% em janeiro, subiu em fevereiro contribuindo também no resultado do mês passado. Os demais grupos tiveram menor impacto no índice total.
Confira grupos analisados e variação
- Alimentação e bebidas: 0,78%
- Habitação: 0,34%
- Artigos de residência: 0,26%
- Vestuário: 1,03%
- Transportes: 2,03%
- Saúde e cuidados pessoais: 1,87%
- Despesas pessoais: 0,26%
- Educação: 1,29%
- Comunicação: -0,02%
Dados nacionais
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,86% em fevereiro, depois de ter subido 0,25% em janeiro. A taxa é a maior para o mês desde 2016, quando ficou em 0,9%. A principal influência de alta veio da gasolina, que subiu 7,11% no período: o item foi responsável por 42% da inflação de fevereiro, segundo o IBGE.
Com o resultado do mês, a inflação acumula alta de 5,2% em 12 meses – acima da taxa de 4,56% em janeiro, na mesma comparação. A taxa também é a maior para um acumulado em 12 meses desde janeiro de 2017, quando ficou em 5,35%.
Todas as 16 áreas pesquisadas pelo IBGE tiveram alta nos preços. O maior resultado ficou com Fortaleza (1,48%), puxado pela alta de 8,86% nos cursos regulares. Já o Rio de Janeiro teve a menor inflação no mês, de 0,38%, influenciada pela queda de 10,73% nas passagens aéreas e de 16,50% em transporte por aplicativo.
Veja as taxas de cada local:
- Fortaleza: 1,48%
- Belém: 1,41%
- Brasília: 1,18%
- Rio Branco: 1,05%
- Aracaju: 1,05%
- Vitória: 1,00%
- Salvador: 0,26%
- Curitiba: 0,92%
- Campo Grande: 0,92%
- Porto Alegre: 0,86%
- São Luís: 0,83%
- São Paulo: 0,83%
- Recife: 0,77%
- Goiânia: 0,76%
- Belo Horizonte: 0,73%
- Rio de Janeiro: 0,38%