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Dólar cai 2,50% e Bolsa sobe 1,30% após discurso de Lula e avanço de PEC

O dólar comercial fechou hoje (10) em queda e a Bolsa subiu em um dia marcado pelo discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo avanço da PEC Emergencial. O dólar caiu 2,50%, a R$ 5,653 na venda, após três dias consecutivos de alta. Foi a maior queda diária da moeda norte-americana desde janeiro.


O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, subiu 1,30%, aos 112.776,49 pontos, no segundo dia de avanço consecutivo.


O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.


Embraer lidera ganhos


As ações da Embraer lideraram os ganhos na Bolsa, com 11,99% de alta. Na outra ponta, os papéis da Suzano caíram 5,46%.


O dólar acelerou a queda ante o real, e a Bolsa passou a subir ainda mais à medida que investidores analisavam declarações de Lula e o avanço da PEC Emergencial na Câmara dos Deputados, ao mesmo tempo que digeriam dados da inflação nos Estados Unidos.


Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o ex-presidente disse que não está pensando no momento em candidatura para a eleição presidencial de 2022, mas reconheceu que será discutida a possibilidade de uma candidatura única de uma frente ampla progressista contra a direita.


A entrevista foi dada após a decisão na segunda-feira (8) do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin de anular condenações de processos da Lava Jato.


Mercado temia discurso mais agressivo


De acordo com Vanei Nagem, responsável pela mesa de câmbio da Terra Investimentos, o discurso de Lula não trouxe nenhuma fala surpreendente, o que pode ter ajudado no arrefecimento da moeda norte-americana. “O mercado temia um discurso mais agressivo, mas seus comentários não fugiram do cenário esperado”, disse à Reuters.


Por ora, a principal preocupação é de que, “com essa expectativa de ter que enfrentar um candidato como Lula ou apoiado pelo petista nas próximas eleições, o governo comece a tomar atitudes mais populistas para garantir mais apoiadores”, disse João Paulo Cardoso, sócio da Unnião Investimentos à Reuters. Mas “muita água vai passar por baixo dessa ponte. Pode ser que o jogo vire várias vezes ainda”, completou.


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